Dificuldades do cuidador informal no processo de alta para o domicílio

Autores

  • Teresa Raquel Simões Lopes da Costa Lima Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Viseu, Portugal
  • Tânia Alexandra Loureiro Marques Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Viseu, Portugal
  • Magda Guerra Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Viseu, Portugal
  • Maria Odete Amaral Escola Superior de Saúde de Viseu

Resumo

 Introdução: A alta do doente para o domicílio é um momento crucial no seio familiar e representa um enorme desafio para cuidadores informais e profissionais de saúde. Neste processo de transição é fundamental a elaboração de um plano de alta que promova igualmente a continuidade, a qualidade e a segurança dos cuidados. Assim, torna-se prioritário envolver precocemente os cuidadores informais no processo de alta, facilitando assim a transição segura do doente para o seu domicilio e minimizando eventos adversos.

Objetivos: Analisar a evidência científica sobre as dificuldades sentidas pelos cuidadores informais aquando da alta de um doente para o domicilio.

Material e Métodos: Revisão integrativa da literatura, com pesquisa nas bases de dados Medline®, PubMed®, CINAHL® e RCAAP® de estudos publicados entre janeiro de 2016 e junho de 2021. O corpus documental da revisão ficou constituído por 9 estudos.

Resultados: Foram identificadas como dificuldades: a ausência do cuidador informal no planeamento da alta, falta de colaboração entre a equipa de saúde e o cuidador ao nível do planeamento e antecipação das necessidades dos cuidadores informais, resultando na falta de capacitação. São referidas dificuldades ao nível das informações recebidas para dar continuidade do plano de alta no domicílio, assim como na relação empática estabelecida com a equipa multidisciplinar. A alta é definida como um momento agitado, precoce, com poucos apoios comunitários e de difícil articulação precoce com os mesmos.

Conclusões: As evidências obtidas intensificam a importância da equipa multidisciplinar, designadamente dos enfermeiros, no planeamento atempado da alta , promovendo a capacitação do cuidador informal e melhorando a segurança/qualidade dos cuidados após a alta. O Enfermeiro tem um papel fundamental e previlegiado neste processo,pois sendo ele um profissional próximo do cuidador consegue proporcionar a continuidade dos cuidados, colmatando inseguranças e dificuldades vivenciadas pelos cuidadores, com vista à melhoria continua da qualidade de vida.

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Publicado

2023-07-04

Como Citar

Lima, T. R. S. L. da C. ., Marques, T. A. L. ., Guerra, M. ., & Amaral, M. O. . (2023). Dificuldades do cuidador informal no processo de alta para o domicílio. Servir, 2(01e), 31. Obtido de https://revistas.rcaap.pt/servir/article/view/31585