Atitudes face à divisão do trabalho familiar em Portugal em 2002 e 2014: mudanças e continuidades

Autores

  • Vasco Ramos Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal
  • Leonor Bettencourt Rodrigues Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal
  • Rita B. Correia Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.7458/SPP20199015528

Palavras-chave:

atitudes, representações sociais, divisão do trabalho, género, Portugal

Resumo

Este artigo pretende analisar a evolução das atitudes face à divisão conjugal do trabalho em Portugal, entre 2002 e 2014. Um dos objetivos centrais é o de aferir em que medida a evolução observada corresponde a uma modernização das atitudes. Avaliam-se igualmente as hipóteses de uma complexificação dos padrões atitudinais ou, em alternativa, de uma cristalização em torno de padrões atitudinais dicotómicos. Para tal foi efetuada uma análise comparativa das atitudes dos portugueses aferidas nos módulos Família e Género do ISSP (International Social Survey) em dois períodos distintos — 2002 e 2014 — sendo, de seguida, avançados alguns fatores explicativos para os padrões atitudinais encontrados. Mas se os padrões atitudinais encontrados em 2002 sofrem em 2014 uma evolução inequívoca, é também clara alguma incongruência nas atitudes dos portugueses em relação à conciliação do trabalho com a família, especialmente quando existem filhos pequenos. Estes e outros resultados são analisados à luz das especificidades do contexto socioeconómico português no período analisado e dos contributos de alguma investigação recente sobre as questões de género nas atitudes dos portugueses.

Ficheiros Adicionais

Publicado

2018-11-14

Edição

Secção

Artigos