“120 em 60”: práticas e atitudes de trabalhadores para com animais num matadouro português

Autores

  • Rui Pedro Fonseca Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL), Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.7458/SPP20209218139

Palavras-chave:

práticas, atitudes, indivíduos, suínos, matadouro

Resumo

Este estudo procura compreender as práticas e atitudes de trabalhadores que lidam com o abate e desmancha de animais num matadouro. Para o efeito, fez-se trabalho de observação, complementado com o uso de registos fotográficos, durante o “encaminhamento”, “atordoamento”, “pendura”, “sangria” e “desmancha” dos animais na “linha de abate”; bem como o método de análise qualitativa, que requereu entrevistar oito indivíduos: duas mulheres e seis homens. Embora os trabalhadores reconheçam os animais como seres sensíveis, a operacionalização das suas tarefas na “linha de abate” está dependente de estratégias que requerem objetificação e distanciamento emocional. Foram também evidenciadas atitudes conflituosas relacionadas com determinadas espécies de animais. O contexto laboral (matadouro), o tempo despendido, as tarefas desempenhadas, a espécie dos animais, sobretudo o género e as trajetórias socioculturais dos trabalhadores destacaram-se como fatores predominantes de influência nas práticas e atitudes apuradas.

 

Downloads

Publicado

2019-10-16

Edição

Secção

Artigos