Tolerância zero ou eficácia nula? Políticas públicas e regulamentos desportivos para combater o match-fixing

Autores

  • César de Cima Iscte — Instituto Universitário de Lisboa, Centro de Estudos Internacionais (CEI-Iscte) e Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-Iscte), Lisboa, Portugal
  • Marcelo Moriconi Iscte — Instituto Universitário de Lisboa, Centro de Estudos Internacionais (CEI-Iscte), Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.7458/SPP20229924225

Palavras-chave:

match-fixing, políticas públicas, compliance, tolerância zero

Resumo

Com recurso a entrevistas semiestruturadas e análise de conteúdo, este artigo avalia e expõe a ineficácia da política de “tolerância zero” da UEFA, órgão máximo do futebol europeu, em induzir compliance nos jogadores de futebol, em Portugal, ao nível das práticas de match-fixing. A ênfase excessiva na ética individual, a externalização do fenómeno como um problema do crime organizado e a relutância em admitir falhas de governança interna são as principais razões explicativas. O artigo afirma que a regulamentação do futebol deve passar de uma lógica de compliance para políticas de enforcement.

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Publicado

2022-05-04

Edição

Secção

Artigos