Ciclos de protesto e democracia: uma comparação entre Portugal e Espanha, 2000-2019

Autores

  • Tiago Fernandes Iscte — Instituto Universitário de Lisboa, Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-Iscte), Lisboa, Portugal
  • Cláudia Araújo Faculdade de Filosofia, Universidade de Barcelona, Espanha
  • Isabel Gorjão Santos Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, Portugal
  • Eduardo Romanos Facultad de Ciencias Políticas y Sociología, Universidade Complutense, Madrid, Espanha

DOI:

https://doi.org/10.7458/SPP20219724909

Palavras-chave:

protesto, democracia, Grande Recessão, Portugal, Espanha

Resumo

Neste artigo, são descritos e analisados os ciclos de protesto em Portugal e Espanha no início do século XXI. Considerando que a possibilidade de exercer o direito à dissensão na esfera pública constitui não apenas um dos elementos caracterizadores da democracia, mas igualmente um fator do seu fortalecimento, esta análise compara os ciclos de protesto nos dois países da Península Ibérica, atentando à sua magnitude e complexidade organizacional, e aos seus aspetos culturais, em particular os repertórios de ação coletiva. Este estudo permite identificar diferentes tendências do protesto nos dois países, não obstante a Grande Recessão constituir, em ambos os casos, um marco inquestionável em termos da dimensão do protesto. Permite igualmente aferir da constante importância de atores de protesto tradicionais em Portugal, como os sindicatos, associada à existência de uma cultura de protesto mais democrática. Em contrapartida, em Espanha, a arena do protesto é mais variada e inovadora, mas também mais polarizada e conflitual.

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Publicado

2021-08-02

Edição

Secção

Artigos