Escolha ou constrangimento? Horas semanais de trabalho das mulheres em perspetiva comparada

Autores

  • Mara Yerkes

DOI:

https://doi.org/10.7458/SPP2013722616

Resumo

Este artigo analisa a influência das preferências individuais de trabalho no comportamento das mulheres no mercado de trabalho na Holanda, Alemanha e Reino Unido, abordando a questão: até que ponto as preferências individuais têm um efeito causal na média das horas de trabalho semanais das mulheres? Usando dados de painéis longitudinais dos três países, é aplicado um modelo de efeitos fixos para medir o efeito das preferências individuais no ano t-1, na média das horas de trabalho semanais das mulheres no ano t. Os dados são explorados de 1992 a 2002. Depois de controlar para cada indivíduo as características habitacionais e profissionais, vemos que as preferências individuais são mais influentes na Holanda. No entanto, os dados não sustentam a ideia de que a escolha é mais importante do que o constrangimento, porque as características individuais, familiares e profissionais continuam a ser significativas. Além disso, os resultados demonstram que é importante compreender as preferências individuais dentro do contexto institucional. Portanto, nos debates teóricos e políticos
sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho, devemos ter em conta as possíveis barreiras que limitam as suas “escolhas” no mercado de trabalho.

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