Estigma, intenções e estados-de-espírito

Autores

  • António Pedro Dores Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIES-IUL, Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.7458/SPP2018863797

Palavras-chave:

Teoria social, prisões, estado-de-espírito, acção social, estigma

Resumo

O estudo das prisões requer a clarificação de noções como dolo, culpa ou intenção, com que os serviços de estado trabalham; assim como estigma ou repugnância social, que as pessoas sentem. Nenhuma destas noções é de uso exclusivo do sistema penal. A crítica à teoria social de Mouzelis identifica o reducionismo e a reificação como problemas recorrentes, a resolver através da consideração mais rigorosa dos movimentos dos protagonistas no espaço-tempo, analisáveis em diferentes níveis de realidade. Este artigo mobiliza o conceito de estados de espírito como forma de seguir estas sugestões, exemplificando os seus méritos com o caso da análise social das prisões. Fá-lo recorrendo à teoria da relatividade, que previu a plasticidade do espaço-tempo a níveis de energia suficientemente elevados, prognosticando a plasticidade das estruturas, instituições e níveis de realidade sociais em função da intensidade dos agentes e da ação. O estado de espírito é uma referência à estabilidade existencial, vital e institucional, desejada e possível, embora precária e sempre a necessitar de renovação.

Biografia Autor

António Pedro Dores, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), CIES-IUL, Lisboa, Portugal

Professor Auxiliar com Agregação no Dep. sociologia ISCTE-IUL

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Publicado

2017-12-18

Edição

Secção

Artigos