Redes de sociabilidade, identidades e trocas geracionais: da "Cova da Música" ao circuito musical africano da Amadora

Auteurs

  • Pedro Varela CIES-IUL, ISCTE-IUL
  • Otávio Raposo CIES-IUL, ISCTE-IUL
  • Lígia Ferro CIES-IUL, ISCTE-IUL

DOI :

https://doi.org/10.7458/SPP2018867447

Mots-clés :

Música, migrações, gerações, etnografia urbana

Résumé

As fronteiras geracionais são habitualmente apontadas como fatores de diferenciação social no que toca às práticas e construções de determinados géneros musicais e estilos de vida associados. A partir de uma pesquisa etnográfica realizada no bairro da Cova da Moura e noutros lugares do circuito musical africano da Amadora, protagonizado por imigrantes cabo-verdianos, concluímos que as sociabilidades e as trocas culturais entre artistas de várias gerações, muitas vezes estabelecidas a propósito da partilha de saberes relacionados com os usos das novas tecnologias, por um lado, e com a aprendizagem de instrumentos musicais, por outro, adquirem uma importância ímpar na construção das identidades sociais. Deste modo, salienta-se a centralidade da música nas trajetórias migrantes que se cruzam em vários espaços da Amadora.

Bibliographies de l'auteur

Pedro Varela, CIES-IUL, ISCTE-IUL

Pedro Varela é finalista do mestrado de Antropologia no ISCTE-IUL e licenciado em Arquitetura Paisagista pelo ISA-UL. Fez investigação sobre conservação comunitária na Guiné-Bissau, trabalhou com recuperação de fotografia em Cabo-Verde, fez registo audiovisual de práticas agrícolas no Alentejo e Oeste e deu aulas de música na Cova da Moura. Foi bolseiro de investigação no CIES-IUL.

Otávio Raposo, CIES-IUL, ISCTE-IUL

Otávio Raposo é licenciado em Sociologia pela Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL) e doutorado em Antropologia pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL). Atualmente é pós-doutorando do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES), participando de pesquisas na área de culturas urbanas, segregação, juventude, imigração e expressões artísticas. Também desenvolve trabalhos na área da antropologia visual, tendo realizado o documentárioNu Bai. O rap negro de Lisboa.

 

 

Lígia Ferro, CIES-IUL, ISCTE-IUL

Lígia Ferro é licenciada em Sociologia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FL-UP) e doutorada em Antropologia Urbana pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL). Atualmente é investigadora do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL) e investigadora associada do Instituto de Sociologia da Universidade do Porto (IS-UP), trabalhando sobre uma diversidade de práticas culturais em contextos urbanos, principalmente com recurso à metodologia etnográfica.

 

 

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Publiée

2017-12-18

Numéro

Rubrique

Artigos