As classes sociais já não contam? Advocacia e reprodução social

Autores

  • Miguel Chaves
  • João Sedas Nunes

DOI:

https://doi.org/10.7458/SPP2011667765

Resumo

O crescimento numérico que a advocacia sofreu internacionalmente, nas últimas décadas, foi muito intenso, gerando junto dos profissionais a percepção de que se verificou um amplo desmantelamento das condicionantes que pautavam o acesso à profissão e, no seu interior, às posições mais capitalizadas. Recorrendo a um estudo centrado na advocacia portuguesa, observar-se-á que essa leitura não é correcta — a segmentação interna que a profissão regista, hoje em dia, permite que continue a ser utilizada eficazmente nos processos de reprodução das classes dominantes. Demonstrar-se-á ainda que os mecanismos pelos quais esse processo opera contribuem para o ocultar, pois tendem a ser reduzidos a factores que radicam numa concepção associal do mérito individual.

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Publicado

2016-02-15

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Secção

Artigos