Fatores determinantes na escolha do passeio turístico by bike pelo olhar das mulheres

Autores

  • Cristina Sales Ferreira de Souza Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
  • Raul José de Souza Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.57883/thij18(2)2022.31095

Resumo

O aumento pela busca de uma oferta efetiva de infraestrutura viária urbana tem levado à procura contínua por soluções de meios de locomoção compatíveis com os interesses da população das cidades. Neste contexto, Lanzillotta (2013) afirma que meios de locomoção, tais como a bicicleta despontam como elemento primordial ao desenvolvimento urbano sustentável. Estudos apontam que a bicicleta transpôs a sua função básica de meio de locomoção, agregou a atividade de lazer e recreação e incorporou-se ao espaço de interesse turístico. Nos últimos anos a bicicleta se incorporou a pauta da política de mobilidade urbana de grandes cidades. Isso se deu lentamente no caso da cidade de São Paulo até o início dos anos 2010, apresentando maior intensidade a partir de 2013 (Lemos, Harkot & Santoro, 2016).

Neste estudo realiza-se um olhar breve para alguns dados gerais sobre o uso da bicicleta para passeio turístico pela cidade, particularmente sob a visão das ciclistas mulheres. Para essa análise preliminar foram utilizadas pesquisas com mulheres que visitaram a cidade de São Paulo de bike, tendo como questões de partida: quais os desafios enfrentados pelas mulheres quando em passeios pela cidade de São Paulo? A infraestrutura ciclo viária da cidade promove algum impacto na decisão pelo uso da bicicleta em seus passeios? Ao final, procura-se testar a hipótese sobre o ato de pedalar representar um fator motivacional para as mulheres decidirem utilizar a bicicleta em seus passeios na cidade de São Paulo.

Referências

Boareto, R. (2008). A política de mobilidade urbana e a construção de cidades sustentáveis. Revista dos Transportes Públicos – ANTP. São Paulo, 30/31, 143 -160.

Campos, A., Santos, C. & Alves, L. (2016). Cicloturismo: Mobilidade urbana e valorização do turismo da cidade de Aracaju – Sergipe. Revista de Direito da Cidade. Rio de Janeiro. 8, 1800 – 1824.

Companhia de Engenharia de Tráfego CET. (2019). Cartilha do ciclista. Disponível em: <http://www.cetsp.com.br/media/426143/CartilhaDoCiclista.pdf>.

Decastro, J., Saldanha, L. & Edra, P. (2016). Mobilidade cicloviária: A convergência entre o urbano e o turístico. In: Mobilidade por bicicleta no Brasil / organizadores, Andrade, V., Rodrigues, J., Marino, F., Lobo, Z. – Rio de Janeiro: PROURB/UFRJ.

Dickinson, J. & Lumsdon, D. (2010). Slow Travel and Tourism. London: Earthscan.

Emond, C., Tang, W. & Handy, S (2009). Explanning gender difference in bicycling behavior. Transportation Research Record: Journal of the Transportation Research Board 2125(1), 16-25.

Faulks, P., Ritchie, B. & Fluker, M. (2007). Cycle tourism in Australia: An investigation into its size and scope. CRC for Sustainable Tourism, Brisbane.

Garrard, J (2003). Healthy revolutions: Promoting cycling among women. Healthy Promotion Journal of Australia 14(3), 213-215.

Hanson, S. (2010). Gender and mobility: New approaches for informing sustainability. Gender, Place & Culture: A Journal of Feminist Geography 17(1), 5-23.

Hogson, L. (2007). Bicycle touring and the construction of place: A study of place meanings on a cycle tour of Tuscany, Italy (pp. 25-41). In F. Jordan, L. Kilgour & N. Morgan (eds). Academic renewal: Innovation in leisure and tourism themes and methods, 97. Eastbourne: Leisure Studies Association.

Instituto de Energia Meio Ambiente- IEMA. (2010). A bicicleta e as cidades: como inserir a bicicleta na política de mobilidade urbana. São Paulo. Disponível em: <http://www.solucoesparacidades.com.br/wp-content/uploads/2010/01/02%20-%20BRASIL_A%20bicicleta%20e%20as%20cidades_IEMA.pdf>.

Lamont, M. (2009). Reinventing the wheel: A definitional discussion of bicycle tourism. Journal of Sport & Tourism. 14, 1, 5-23.

Lamont, M., & Causley, K. (2010). Guiding the way: Exploring cycle tourists’ needs and preferences for cycling route maps and signage. Annals of Leisure Research, 13 (3), 497–522.

Lanzillotta, A. (2013). Cicloturismo: Por uma diversificação do turismo realizado na cidade do Rio de Janeiro. Niterói: Universidade Federal Fluminense.

Lee, C.-F. (2014). An investigation of factors determining cycling experience and frequency. Tourism Geographies, 16 (5), 844–862.

Lemos, L., Harkot, M & Santoro, P. (2016). Mulheres de bicicleta: Como pedalam as mulheres em São Paulo. In V. Andrade, J. Rodrigues, F. Marino & Z. Lobo (eds). Mobilidade por bicicleta no Brasil. Rio de Janeiro: PROURB/UFRJ. P. 265-284.

Ministério das Cidades, (2005). Conheça o anteprojeto de lei da política nacional de mobilidade urbana. Mobilidade urbana é desenvolvimento urbano. Pólis Instituto de Estudos, Formação, Assessoria em Políticas Sociais. Brasília. Disponível em: <https://www.polis.org.br/uploads/922/922.pdf>.

Netto, A. (2003). O papel da regulação – direito ao transporte e a mobilidade urbana sustentável: Instrumento de combate à pobreza pela inclusão. Revista dos Transportes Públicos – ANTP. São Paulo. Ano 25, 3° trimestre.

Quivy, R. & Campenhoudt, L. (2005). Manual de investigação em ciências sociais. Lisboa: Gradiva.

Sassatelli, C. & Ishikawa, M. (2018). Conheça os sistemas de compartilhamento de bicicletas e patinetes. Auto Esporte. Disponível em: <https://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2018/08/compartilhamento-de-bicicletas-grandes-cidade.html>.

Schetino, A. (2006). O cicloturismo como vivência crítica e criativa de lazer. Belo Horizonte: Centro de Estudos em Lazer e Recreação (CELAR) – Monografia especialização em Lazer na Universidade Federal de Minas Gerais.

Silveira, M. & Maia, M. (2015). Variáveis que influenciam no uso da bicicleta e as crenças da teoria do comportamento planejado. Transportes, 23 (1), 24-36.

Simpson, C. (2001) Respectable identities. New Zealand nineteenth-century ‘new women’ – on bicycles! The International Journal of the History of Sport 18(2), 54-77.

Valente, M. (2006). Fatores importantes para a escolha do telefone celular pelo consumidor adolescente. Dissertação de Mestrado Profissionalizante em Administração. Rio de Janeiro: IBMEC.

Yeh, C.-C., Lin, C. J.-Y., Hsiao, J. P.-H., & Huang, C.-H. (2019). The effect of improving cycleway environment on the recreational benefits of bicycle tourism. International Journal of Environmental Research and Public Health, 16 (18), 3460.

Downloads

Publicado

2023-06-02

Como Citar

Sales Ferreira de Souza, C., & de Souza, R. J. (2023). Fatores determinantes na escolha do passeio turístico by bike pelo olhar das mulheres. Tourism and Hospitality International Journal, 18(2), 12–18. https://doi.org/10.57883/thij18(2)2022.31095