Integração Curricular do Pensamento Computacional: desafios aos professores
DOI:
https://doi.org/10.25746/ruiips.v11.i3.32444Palavras-chave:
Pensamento Computacional; Aprendizagens Essenciais de Matemática; formação e desenvolvimento do professor, TPACKResumo
O Pensamento Computacional (PC) surge como uma nova capacidade matemática curricular nas Aprendizagens Essenciais da Matemática (AEM) em Portugal (Canavarro et al., 2022). Este estudo, surge no âmbito do Mestrado em Recursos Digitais em Educação, tem como objetivo geral analisar os principais desafios enfrentados pelos professores do 1º Ciclo do Ensino Básico (1º CEB) ao integrarem o PC na sala de aula. Para tal, procuramos: compreender o conhecimento que os professores têm das AEM, nomeadamente no diz respeito ao PC; identificar os desafios pedagógicos que enfrentam ao introduzir tarefas de PC na sala de aula e, analisar as vantagens e também as limitações da utilização da tecnologia na aula.
O professor necessita, para além de conhecimentos curriculares, também de conhecimentos de conteúdo, pedagógicos e tecnológicos para trabalhar em sala de aula (Shulman, 1986; Ball et al., 2008, Toom, 2017). Este estudo, tem por base o quadro conceptual TPACK - Technological Pedagogical Content Knowledge Framework (Mishra e Koehler, 2006) onde se definem três tipos de conhecimento: o de conteúdo (CK); o de pedagogia (PK); e o tecnológico (TK).
Considerando que o envolvimento, o apoio e a formação dos professores são fatores determinantes para a implementação de atividades de PC, ligadas à robótica e à programação (Ramos et al., 2022), desenvolvemos um projeto, no âmbito desta investigação, com a finalidade de analisar os objetivos supramencionados.
Este estudo de natureza qualitativa e interpretativa apresenta um design metodológico de Estudo de Caso, sendo o caso um grupo de professores de 1.º ciclo, que frequentaram Ações de Curta Duração no ano letivo 2022/2023, no âmbito de um Projeto de implementação do PC em sala de aula. Os dados foram recolhidos através de inquéritos por questionário e entrevista semiestruturada.
Os resultados preliminares apontam para que os professores do 1.º CEB manifestam mais lacunas no que diz respeito ao conhecimento do currículo e ao de conteúdo do que propriamente ao conhecimento tecnológico.
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