Estadiamento do carcinoma do endométrio - O que há de novo?

Autores

  • Catarina Costa Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO)
  • Teresa Margarida Cunha Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil

DOI:

https://doi.org/10.25748/arp.11999

Resumo

O carcinoma do endométrio é um dos tumores malignos mais frequentes na mulher, sendo inclusivamente o tumor maligno mais frequente do sistema reprodutor feminino.
Apesar de o seu estadiamento permanecer cirúrgico, existem factores prognósticos reconhecidos para presença de doença extra-uterina e recidiva pós-cirúrgica, a maior parte dos quais podem ser determinados no período pré-operatório. Esta avaliação permite estratificar os doentes em um grupo de baixo risco e outro grupo de risco médio/alto, aos quais podem ser aplicados diferentes protocolos terapêuticos.
A Ressonância Magnética é a técnica radiológica de eleição para avaliação e planeamento cirúrgico destas doentes, tendo um papel fundamental na determinação de um dos factores prognósticos mais importantes, a profundidade de invasão do miométrio.
Para além das sequências morfológicas e da informação fornecida pelo estudo com contraste endovenoso, a difusão e o mapa de ADC têm-se revelado, de acordo com os estudos mais recentes, sequências fundamentais na avaliação rigorosa radiológica destas doentes, pelo que a sua inclusão no protocolo de Ressonância Magnética dirigido ao carcinoma do endométrio se tornou mandatória.
Neste artigo, as autoras pretendem fazer uma revisão sobre os aspectos do carcinoma do endométrio em Ressonância Magnética, com particular ênfase no conhecimento introduzido pelos estudos mais recentes.

Biografias Autor

Catarina Costa, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO)

Serviço de Radiologia

Teresa Margarida Cunha, Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil

Serviço de Radiologia

Referências

RORENO. Registo Oncológico Nacional 2008. Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil – EPE, ed. Porto, 2014.

Jemal A., Siegel R., Xu J., Ward E. Cancer statistics. CA Cancer J Clin. 2010;60(5):277-300.

FIGO Committee on Gynecologic Oncology - FIGO staging for carcinoma of the vulva, cervix, and corpus uteri. Int J Gynaecol Obstet. 2014;125(2):97-8.

Colombo N, Creutzberg C, Amant F, Bosse T, González-Martin A, Ledermann J, Marth C, Nout R, Querleu D, Mirza MR, Sessa C. The ESMO-ESGO-ESTRO Endometrial Consensus Working Group - ESMO-ESGO-ESTRO Consensus Conference on Endometrial Cancer: diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2015;0:1-26.

Das USK, Niu XK, Wang JL, Wang WX, Bhetuwal A, Yang HF. Usefulness of DWI in preoperative assessment of deep myometrial invasion in patients with endometrial carcinoma: a systematic review and meta-analysis. Cancer Imaging. 2014;14:32.

Sun C, Chen G, Yang Z, et al. Safety of ovarian preservation in young patients with early-stage endometrial cancer: a retrospective study and meta-analysis. Fertil Steril. 2013;100: 782-7.

Beddy P, O’Neill AC, Yamamoto AK, Addley HC, Reinhold C, Sala E. FIGO Staging System for Endometrial Cancer: Added Benefits of MR Imaging. RadioGraphics. 2012;32:241-54.

Benedetti Panici P, Basile S, Maneschi F, et al. Systematic pelvic lymphadenectomy vs. no lymphadenectomy in early-stage endometrial carcinoma: randomized clinical trial. J Natl Cancer Inst. 2008;100:1707-16.

Kitchener H, Swart AM, Qian Q, et al. Efficacy of systematic pelvic lymphadenectomy in endometrial cancer (MRC ASTEC trial): a randomised study. Lancet. 2009;373: 125-36.

Vargas R, Rauh-Hain JA, Clemmer J, et al. Tumor size, depth of invasion, and histologic grade as prognostic factors of lymph node involvement in endometrial cancer: a SEER analysis. Gynecol Oncol, 2014:133:216-20.

Kim HS, Suh DH, Kim MK, et al. Systematic lymphadenectomy for survival in patients with endometrial cancer: a meta-analysis. Jpn J Clin Oncol. 2012;42:405-12.

Sala E, Rockall AG, Freeman SJ, Mitchell DG, Reinhold C. The Added Role of MR Imaging in Treatment Stratification of Patients with Gynecologic Malignancies: What the Radiologist Needs to Know. Radiology. 2013;266(3):717-40.

Sala E, Wakely S, Senior E, Lomas D. MRI of Malignant Neoplasms of the Uterine Corpus and Cervix. AJR Am J Roentgenol. 2007;188:1577-87.

Downloads

Publicado

2017-05-09

Edição

Secção

Artigos Revisão