Hemangioendotelioma da Parótida: um Diagnóstico Imagiológico Incomum
DOI:
https://doi.org/10.25748/arp.16253Resumen
Tumores não inflamatórios das glândulas salivares são extremamente raros em crianças. O hemangioendotelioma da glândula parótida é, no entanto, o tumor mais comum das glândulas salivares na infância, representando cerca de 50% dos casos.
O exame físico é geralmente diagnóstico nos casos típicos e os exames de imagem podem auxiliar no diagnóstico nos casos mais difíceis.
Apresentamos o caso de uma criança de 1 mês e 18 dias de idade com tumefação submandibular direita indolor, de início súbito. A ecografia demonstrou uma área hipoecogénica com aumento da vascularização que poderia representar um processo inflamatório /infeccioso ou uma malformação vascular. A Ressonância Magnética realizada posteriormente demonstrou uma formação lobulada que substituía praticamente toda a glândula parótida e confirmou a suspeita de hemangioendotelioma. A criança iniciou o tratamento com propanolol e a tumefação diminuiu consideravelmente.
Este caso ilustra uma apresentação atípica de um hemangioendotelioma parotídeo, uma vez que não existe envolvimento da pele suprajacente à lesão, dificultando desta forma o diagnóstico.
Conhecer as características imagiológicas do hemangioendotelioma da parótida é por isso essencial para se chegar ao diagnóstico imagiológico e evitar biópsias desnecessárias.
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