Biópsias Percutâneas Vertebrais – Experiência do nosso Centro

Autores

  • João Pedro Gonçalves Serviço de Neurorradiologia, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, Lisboa, Portugal https://orcid.org/0000-0001-8661-4422
  • Danila Kuroedov Serviço de Neurorradiologia, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, Lisboa, Portugal https://orcid.org/0009-0001-8509-6130
  • Jaime Pamplona Serviço de Neurorradiologia, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, Lisbon, Portugal https://orcid.org/0000-0001-6920-8297
  • Isabel Fragata Serviço de Neurorradiologia, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, Lisboa, Portugal https://orcid.org/0000-0002-7037-7458
  • João Reis Serviço de Neurorradiologia, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central, Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25748/arp.35343

Resumo

Introdução: A biópsia percutânea vertebral tem substituído largamente a biópsia cirúrgica aberta nos últimos 50 anos. A biópsia não-invasiva é mais custo-efetiva e tem menos complicações quando comparada com procedimentos abertos. Realizou-se uma revisão das biópsias percutâneas vertebrais realizadas no nosso centro.

Métodos: Analisou-se retrospetivamente 240 biópsias vertebrais percutâneas realizadas no nosso centro terciário entre janeiro de 2016 e dezembro de 2019. As variáveis adquiridas incluíram técnica diagnóstica de imagem, segmento vertebral e localização da biópsia, resultados histopatológicos, tratamento adjuvante e complicações.

Resultados: 102 (43%) dos pacientes eram do sexo feminino, com uma média de idade de 68. A técnica de imagem mais utilizada foi a fluoroscopia (99%, n=237). A maioria dos procedimentos foi realizado no segmento lombar, representando 47% (n=112) das biópsias totais, seguido do segmento torácico (42%, n=100). Obtivemos amostra suficiente para análise histológica em 93% das biópsias. Das 240 biópsias, 18 (7,5%) tiveram de ser repetidas, tendo-se obtido um diagnóstico em 14 (77,7%). Histologicamente, 28% (n=67) das amostras não se obteve alterações patológicas e 27% (n=65) confirmou-se diagóstico de doença metastática. Realizou-se tratamento adjuvante com vertebroplastia em 19% dos casos após a biópsia, de forma a estabilizar fraturas patológicas e paliar a dor. Apenas um paciente teve uma complicação clinicamente significativa secundária ao procedimento.

Conclusão: A Biópsia vertebral transpedicular percutânea é uma importante ferramente na avaliação de lesões vertebrais e dos tecidos paravertebrais adjacentes, e pode ser realizada com baixa morbilidade e alta taxa de deteção como um procedimento de ambulatório. Em conformidade com a literatura, maior parte das nossas amostras eram adequadas para análises histopatológica e lesão metastática era o achado mais comum.

Palavras-chave: Percutaneous vertebral biopsy; fluoroscopy; CT-guided; minimal morbidity; high diagnostic yield.

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Publicado

2025-01-06

Edição

Secção

Artigos Originais