Maximilianus Transylvanus et Pietro Martire d’Anghiera. Deux humanistes à la cour de Charles Quint.
DOI:
https://doi.org/10.57759/aham2019.34810Palavras-chave:
Magalhães, Circum-navegação, Humanismo, Grandes descobertas, História da cartografia, História globalResumo
A primeira navegação à volta do mundo, entre 1519 e 1522, liderada por Fernão Magalhães e alcançada sob o comando de Sebastiano Elcano, deu origem a muitos relatos. Os dois mais antigos são as cartas redigidas em latim pelos secretários de Carlos V, Pietro Martire d’Anghiera (1457-1526) e Maximilianus Transylvanus (ca. 1485-1538), que recolheram e anotaram os testemunhos orais dos sobreviventes da expedição em Valladolid e os enviaram, a partir de 1523, aos seus correspondentes na Alemanha e na Itália. A importância destas duas cartas reside não apenas na qualidade dos factos reportados, mas também no ponto de vista de que estes cortesãos tinham contactos humanistas por toda a europa. Este artigo analisa como estes autores contribuíram para a invenção do discurso moderno sobre as “grandes descobertas”, apresentando a expedição de Fernão Magalhães e seus tripulantes como um avanço científico que superou os saberes herdados da Antiguidade; demonstra como estas duas cartas continham igualmente as sementes de uma crítica moral das sociedades europeias e da procura utópica por mundos melhores.
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