La invención de la religión indígena: Adaptación, apropiación y mímesis en las fronteras misioneras de Sudamérica colonial
DOI:
https://doi.org/10.57759/aham2016.36097Palavras-chave:
Sociedades indígenas, América Latina colonial, Missões jesuítas, AdaptaçãoResumo
Durante os séculos XVII e XVIII os missionários jesuítas produziram numerosas informações sobre as sociedades indígenas da América do Sul. Distinguem-se, geralmente, dois níveis de discurso. Um, mais visível, correspondia à identificação de crenças nativas (conceitos e termos) em línguas locais e sua tradução para as ideias cristãs. Outro nível, menos visível, correspondia às práticas rituais indígenas, as quais podiam ser classificadas como superstições malignas, assimiladas aos sacramentos ou relegadas à esfera de costumes inócuos que podiam ser gradualmente domesticados. Este artigo examina a natureza do conhecimento antropológico missionário, enfatizando suas ambiguidades a longo prazo. O meu argumento é o de que, nas suas descrições das sociedades indígenas, os jesuítas construíram um limite arbitrário entre os costumes toleráveis e os intoleráveis com o objetivo de controlar tanto o conhecimento sobre essas sociedades perante a administração colonial, como o monopólio da administração espiritual ante as mesmas sociedades indígenas.
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