Da representação do “outro” no Códice Casanatense, ou como as representações visuais se aliam a uma cronística da expansão
DOI:
https://doi.org/10.57759/aham2012.37156Palavras-chave:
Representação narrativa, Cronística da Expansão, Alteridade, Representação visual, ImagiologiaResumo
Ao longo deste artigo analisam-se os desenhos policromados, inclusos no códice n.º 1889, guardado na Biblioteca Casanatense de Roma, e a sua eventual articulação com as descrições narrativas que, no início do século XVI, descrevem a presença portuguesa no Índico. Considera-se que estes desenhos não corporizam uma prática isolada de representação visual desse espaço, nomeadamente de algumas das suas comunidades humanas, mas que essa prática de representação visual é entendida em Quinhentos como um dos processos de melhor descrever aquelas novidades. Deste modo, o desenho, de certa forma, complementaria as descrições narrativas daqueles lugares. Por seu turno, a descrição do Outro é um dos tópicos narrativos nucleares dos textos que visam descrever a permanência portuguesa nos espaços asiáticos. Consequentemente, a par da análise das figurações do Outro no Códice Casanatense, confrontam-se os modos de representação narrativa usados na cronística portuguesa da Expansão. Evidenciam-se igualmente diferentes nexos interdiscursivos, desocultando-se processos de transmissão da imagem do(s) Outro(s), nos textos matriciais de Fernão Lopes de Castanheda, João de Barros e Gaspar Correia.
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