Intermediate Care Units - A job for the anesthesiologist?
DOI:
https://doi.org/10.25751/rspa.6235Abstract
Os anestesiologistas são um grupo profissional que nos últimos anos têm perdido influência e notoriedade em Portugal a nível da Medicina Intensiva, nomeadamente a nível das UCI e unidades intermédias sendo este posicionamento gradualmente ocupado pela Medicina Interna, ao contrário do que acontece na maioria dos países europeus. As unidades intermédias terão um incremento na maioria dos hospitais em virtude dos doentes apresentarem co morbilidades associadas ao envelhecimento da população e num sentido de concentrar recursos num objetivo de otimização de gastos.
O recente despacho nº 10319/2014 do Gabinete do Secretario de Estado Adjunto da Saúde, de 11 de Agosto de 2014, referente à estruturação do Sistema Integrado de Emergência Médica ao impor que todas as urgências médico-cirúrgicas devem dispor “de uma área de cuidados intermédios para os doentes que necessitem de vigilância organizada e sistemática “ vem reforçar a ideia da criação destas unidades, até 30 Junho de 2015, a nível destes hospitais.
Pressupõe-se que estas unidades (cerca de 30) serão polivalentes e devem internar doentes médicos, cirúrgicos e, eventualmente, pós cirúrgicos e trauma.1,2 Esta exigência deve alertar a especialidade de Anestesiologia para a importância da formação a este nível durante o internato, para uma ocupação futura de um posto de trabalho a nível das unidades intermédias. Para este objetivo ser cumprido deve ser incrementado nos últimos anos do internato a formação nas unidades intermédias, para colmatar deficiências de formação durante o internato, principalmente a nível dos doentes médicos e nas principais patologias que geram internamentos nestas unidades [doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC),1,2 enfarte agudo miocárdio (EAM), insuficiência cardíaca congestiva (ICC), acidente vascular cerebral (AVC) e via verde de AVC, hemorragias digestivas, patologia endócrina e obstétrica] e utilização de técnicas e procedimentos usados principalmente nestas unidades, nomeadamente a ventilação não invasiva (VNI), trombólises no AVC, tromboembolismo pulmonar e eventualmente EAM e vigilância de politraumatrizados que não necessitam de ventilação invasiva, otimização de terapêuticas e vigilância na ICC, hemorragia digestiva e patologia obstétrica.3 Esta formação é primordial para dotar o anestesiologista, após o internato, com as competências para ocupar um posto de trabalho nestas unidades e no futuro a anestesia ter um papel determinante na área de cuidados intensivos/intermédios.
Na atualidade a realidade do país a nível das unidades intermédias é díspar- integradas em UCI, independentes de UCI, polivalentes ou não, pelo que a escolha de unidades para realização de estágios devem obedecer a determinados critérios que possibilitam dotar o interno no fim do estágio de competências para tratar e otimizar as patologias referidas anteriormente.
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