Pré-aquecimento de dez minutos – uma boa forma de evitar a hipotermia?
DOI:
https://doi.org/10.25751/rspa.7710Palavras-chave:
Anestesia Geral, Aquecimento, Complicações Intraoperatórias, Cuidados Perioperatórios, Hipotermia/prevenção e controlo, Regulação da Temperatura CorporalResumo
INTRODUÇÃO: A hipotermia inadvertida perioperatória é uma complicação comum e está associada a consequências adversas. A sua prevalência varia de 50% a 90% e a incidência atinge os 70%. O uso do aquecimento prévio à indução anestésica tem sido usado e recomendado como medida preventiva. O objetivo do presente trabalho é avaliar a eficácia de um protocolo que tem como medida central o pré-aquecimento ativo com ar quente forçado iniciado 10 minutos antes da indução anestésica na prevenção de hipotermia inadvertida perioperatória.
MATERIAL E MÉTODOS: Estudo prospetivo, analítico e não-controlado. Aplicado protocolo de aquecimento perioperatório a doentes propostos para cirurgia abdominal sob anestesia geral com duração prevista entre 45 e 240 minutos. O protocolo inclui: pré-aquecimento de 10 minutos a temperatura intermédia (38ºC) e manutenção durante o procedimento, aquecimento de fluídos intravenosos e uso de sistema anestésico circular semifechado ou fechado. Registada temperatura central no momento da descontinuação do fornecimento de halogenado – temperatura central final. Considerou-se hipotermia uma temperatura central final inferior a 36ºC. Análise estatística realizada com software SPSS Statistics.
RESULTADOS E DISCUSSÃO: Incluídos 33 doentes. A temperatura média obtida foi de 36,3 ± 0,59ºC. Apresentavam normotermia 27 doentes (81,8%). Cinco doentes (15,2%) apresentavam hipotermia ligeira e um doente (3%) apresentava hipotermia moderada. Não houve diferença significativamente estatística na temperatura central final nos procedimentos laparoscópicos (p = 0,378).
CONCLUSÃO: Neste estudo, o uso de um protocolo de aquecimento peri-operatório, que tem como medida central o pré-aquecimento ativo com ar quente forçado durante 10 minutos, permitiu a obtenção de uma prevalência muito baixa de hipotermia no final da cirurgia.
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