Hipertermia Maligna: Um Caso Clínico

Autores

  • Mara Diva Sousa Centro Hospitalar de São João
  • Rita Peixoto
  • Rita Peixoto
  • Rui Silva
  • Luísa Guedes

DOI:

https://doi.org/10.25751/rspa.19213

Palavras-chave:

Anestesia; Dantroleno/uso terapêutico; Fármacos Neuromusculares Despolarizantes/efeitos adversos; Hipertermia Maligna; Succinilcolina/efeitos adversos

Resumo

A hipertermia maligna (HM) é uma doença genética muito rara. A sua incidência é de 1:100000, embora a prevalência de suscetibilidade à doença seja estimada em 1:2000 a 1:3000. A HM tem uma taxa de mortalidade de 9,5%. Trata-se de um distúrbio autossómico dominante e 3 genes são responsáveis por 70% dos casos – RYR1, CACNA1S e STAC3. Caracteriza-se por um aumento do metabolismo corporal com hipertermia, produção aumentada de dióxido de carbono, rigidez músculo-esquelética, rabdomiólise, hipercalémia e acidose com hiperlactacidémia. A crise de HM acontece quando indivíduos suscetíveis são expostos a determinados triggers como os anestésicos voláteis e a succinilcolina. Apresentamos um caso clínico de um doente de 22 anos, sexo masculino, ASA II, sem história pessoal ou familiar de suscetibilidade
à HM conhecida, admitido para cirurgia eletiva de extração dentária, que apresentou uma crise de HM. O doente apresentou melhoria clinica significativa após a administração de dantroleno.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Brandom BW, Callahan PM. Malignant Hyperthermia An Update. Adv Anesth. 2015; 33:113-28.

Rosenberg H, Davis M, James D, Pollock N, Stowell K. Malignant hyperthermia: a review. Orphanet J Rare Dis. 2007;2:21.

Litman RS, Griggs SM, Dowling JJ, Riazi S. Malignant hyperthermia susceptibility and related diseases. Anesthesiology. 2018;128:159-67. doi: 10.1097/ALN.0000000000001877.

Gupta PK, Hopkins PM. Diagnosis and management of malignant hyperthermia. BJA Educ. 2017;17:249-54.

Lee YS, Kim WY, Lee SH, Baek SM, Ok SJ, Kim JH, et al. A case of malignant hyperthermia during anesthesia induction with sevoflurane - A case report. Korean J Anesthesiol. 2010;59 Suppl(Suppl):S6–S8. doi: 10.4097/kjae.2010.59.S.S6.

Hopkins PM, Ruffert H, Snoeck MM, Girard T, Glahn KP, Ellis FR, et al. European Malignant Hyperthermia Group guidelines for investigation of malignant hyperthermia susceptibility. Br J Anaesth 2015; 115:531-9. doi: 10.1093/bja/aev225.

Denborough MA, Forster JFA, Lovell RRH, Maplestone PA, Villiers JD. Anaesthetic deaths in a family. Br J Anaesth. 1960;34:395

Kim DC. Malignant hyperthermia. Korean J Anesthesiol. 2012; 63:391-401.

Larach MG, Gronert GA, Allen GC, Brandom BW, Lehman EB. Clinical presentation, treatment, and complications of malignant hyperthermia in North America from 1987 to 2006. Anesth Analg. 2010;110:498-507. doi: 10.1213/ANE.0b013e3181c6b9b2.

Glahn KP, Ellis FR, Halsall PJ, Müller CR, Snoeck MM, Urwyler A, et al. Recognizing and managing a malignant hyperthermia crisis: guidelines from the European Malignant Hyperthermia Group. Br J Anaesth. 2010;105:417-20. doi: 10.1093/bja/aeq243.

Downloads

Publicado

2020-04-02

Como Citar

Sousa, M. D., Peixoto, R. ., Peixoto, R. ., Silva, R. ., & Guedes, L. . (2020). Hipertermia Maligna: Um Caso Clínico. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 29(1), 27–29. https://doi.org/10.25751/rspa.19213