Hipertermia Maligna – Protocolo de Atuação do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental
DOI:
https://doi.org/10.25751/rspa.20047Palavras-chave:
Hipertermia Maligna; Protocolo de atuação; SimulaçãoResumo
Introdução: A Hipertermia Maligna, apesar de rara, constitui uma das mais graves emergências anestésicas, com implicações clínicas potencialmente catastróficas. O conhecimento da sua fisiopatologia e o reconhecimento e atuação precoces pelos profissionais envolvidos é fundamental. No Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, a preocupação por uma abordagem sistematizada remonta há quase 40 anos, tendo sido desde então implementado e constantemente atualizado o protocolo de Hipertermia Maligna e o respetivo carro. Este artigo pretende descrever a realidade no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e expor a evolução da nossa abordagem, protocolada e simulada, segundo as boas práticas de qualidade e segurança, e baseada na evidência científica atual.
Material e métodos: Criação de um protocolo de atuação e de um carro próprio de Hipertermia Maligna, com todo o material e fármacos necessários, organizado por profissional de saúde. Por último, a implementação de simulações periódicas para treino de todos os profissionais do bloco operatório.
Resultados: Informação atualizada e sintetizada, permitindo uma rápida atuação perante uma emergência de Hipertermia Maligna. Transmissão de conhecimentos e treino de competências técnicas e não técnicas através de ações de formação e simulação de todos profissionais envolvidos.
Discussão/Conclusões: A existência de protocolos institucionais e uniformização de todo o material e fármacos num carro próprio, nos diversos locais de execução de técnicas anestésicas, permite uma atuação mais rápida, eficaz e organizada. Igualmente importante, o treino de todos os elementos de uma sala operatória, baseado em ações de formação e simulações, constituindo um pilar essencial para o sucesso na prática clínica.
Downloads
Referências
2. Larach MG, Klumpner TT, Brandom BW, Vaughn MT, Belani KG, Herlich A, et al. Succinylcholine Use and Dantrolene Availability for Malignant Hyperthermia Treatment – Database Analyses and Systematic Review. Anesthesiology. 2019; 130: pp. 41-54.
3. Berkenstadt H, Yusim Y, Ziv A, Ezri T, Perel A. An Assessment of a Point-of-Care Information System for the Anesthesia Provider in Simulated Malignant Hyperthermia Crisis. Anesthesia & Analgesia. 2006; 102: pp. 530-532.
4. Gupta PK, Hopkins PM. Diagnosis and management of malignant hyperthermia. British Journal of Anaesthesia Education. 2017; 17(7): pp. 249-254.
5. Cain C, Riess ML, Lynn G, Novalija J. Malignant Hyperthermia Crisis: Optimizing Patient Outcomes through Simulation and Interdisciplinary. AORN Journal. 2014 February; 99(2): pp. 301-311.
6. Glahn KPE, Ellis FR, Halsall PJ, Muller CR, Snoeck MMJ, Urwyler A, et al. Recognizing and managing a malignant hyperthermia crisis: guidelines from the European Malignant Hyperthermia Group. British Journal of Anaesthesia. 2010; 105(4): pp. 417-420.
7. Butala B. BM, CD. Malignant Hyperthermia: Review of Diagnosis and Treatment during Cardiac Surgery with Cardiopulmonary Bypass. Journal of Cardiothoracic and Vascular Anesthesia. 2018; 32(6): pp. 2771-2779.
8. Hirshey-Dirksen SJ, Van Wicklin SA, Mashman DL, Neiderer P, Merritt DR. Developing effective drills in preparation for a malignant hyperthermia crisis. AORN Journal. 2013 Mar; 97(3): pp. 329-353.
9. Silva CR. Website da Universidade do Porto. [Online]; 2016 [cited 2019 September 22. Available from: https://sigarra.up.pt/ffup/pt/pub_geral.show_file?pi_doc_id=71390.
10. Hopkins PM. Malignant hyperthermia: advances in clinical management and diagnosis. British Journal of Anaesthesia. 2000; 85: pp. 118-128.
11. Hopkins PM, Ruffert H, Snoeck MM, Girard T, Glahn KP, Ellis FR, et al. European Malignant Hyperthermia Group Guidelines for investigation of malignant hyperthermia susceptibility. British Journal of Anaesthesia. 2015; 115: pp. 531–539.
12. Website de Association of Anaesthetists of Great Britain and Ireland. [Online]; 2011 [cited 2019 September 22. Available from: https://anaesthetists.org/Portals/0/PDFs/Guidelines%20PDFs/Guideline_malignant_hyperthermia_laminate_2011_final.pdf?ver=2018-07-11-163754-770&ver=2018-07-11-163754-770.
13. Website de Association of Anaesthetists of Great Britain & Ireland. [Online]; 2011 [cited 2019 September 22. Available from: https://anaesthetists.org/Portals/0/PDFs/Guidelines%20PDFs/Guideline_malignant_hyperthermia_crisis_task_allocations_recommended_contents_2011_final.pdf?ver=2018-07-26-141732-360&ver=2018-07-26-141732-360.
14. Østergaard D, Dieckmann P, Lippert A. Simulation and CRM. Best Practice & Research Clinical Anaesthesiology. 2011; 25: pp. 239 – 249.
15. Flin R, Patey R, Glavin R, Maran N. Anaesthetists’ non-technical skills. British Journal of Anaesthesia. 2010. 105: pp. 38–44
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Os artigos estão livremente disponíveis para serem lidos, descarregados e partilhados a partir do momento da sua publicação.
A RSPA reserva-se o direito de comercialização do artigo enquanto parte integrante da revista (na elaboração de separatas, por exemplo). O autor deverá acompanhar a carta de submissão com a declaração de cedência de direitos de autor para fins comerciais.
Relativamente à utilização por terceiros a Revista da SPA rege-se pelos termos da licença Creative Commons “Atribuição – uso Não-Comercial (CC BY-NC).
Após publicação na RSPA, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados.