Cetamina e Eletroconvulsivoterapia: Um Caso Clínico
DOI:
https://doi.org/10.25751/rspa.24660Palavras-chave:
InglêsResumo
A eletroconvulsivoterapia (ECT) é o tratamento de primeira linha na depressão resistente, sendo habitualmente realizado sob anestesia geral. Muitos agentes indutores podem ser utilizados. A cetamina é um indutor anestésico que apresenta evidência crescente de efeito antidepressivo. Contudo, a cetamina é conhecida por poder produzir sintomas psicóticos, e por este motivo tem sido evitada em doentes com patologia psicótica. Os autores apresentam o caso clínico de um homem de 30 anos, com o diagnóstico de psicose afetiva com predomínio de sintomas negativos. O doente apresentou dois epidódios depressivos graves, com necessidade de internamento prolongado, tendo sido submetido a doze sessões de ECT. A cetamina foi o agente indutor mais frequentemente utilizado, tendo-se associado a uma maior duração da convulsão, com uma carga total utilizada progressivamente menor. Verificou-se uma remissão dos sintomas depressivos sustentável, sem episódios psicóticos ou dissociativos durante o tratamento ou seguimento posterior.
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