Domínio do capital, redes tecnológicas e inovação na política
novos territórios ou a busca por saídas
Keywords:
dominance of capital, networks, political innovation, internet, global far right, exitsAbstract
This theoretical article aims to understand innovation in politics with the advent of the Internet from the 1990s onwards, emphasizing social movements that affect governments and States in partnerships with the market. It questions whether innovations, such as the Internet, can become setbacks with their institutionalization and incorporation by the political dynamics inherent to contemporary capitalism. Two axes are outlined. The first refers to Internet technologies at the service of capital, showing their role in the processes of globalization, productive restructuring and corporate flexibilization, which were accompanied by a social occupation of the Internet and urban territories. The consequence was the formation of social networks, structured as digital platforms, constituting the largest companies in the world in terms of market value and a social and territorial domination based on virtual sociability. The second axis highlights the global far right as a new political bet of capital that, by appropriating the digital protest repertoire in the ruins of neoliberalismo, begins to threaten the electoral processes of liberal democracies, with evidence of corporate support, and digital platforms favor the proliferation of far-right content, reflecting a threat to the ways of life established in urban territories. Finally, the article reflects on ways out of the dominance of capital: whether it be protesting from the territories so that the internet is merely a place of passage; or acting “within and against” the internet itself, with the creation of environments that escape corporate domination to reach urban territories.
References
Alexander, J. (1998). Ação coletiva, cultura e sociedade civil: secularização, atualização, inversão, revisão e deslocamento do modelo clássico dos movimentos sociais. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 13 (37), 1-27. https://doi.org/10.1590/S0102-69091998000200001
Alonso, A. (2009). As teorias dos movimentos sociais: um balanço do debate. Lua Nova, 76, 49-86. https://doi.org/10.1590/S0102-64452009000100003
Arantes. P. (2014). O novo tempo do mundo: e outros estudos sobre a era da emergência. São Paulo: Boitempo.
Bezerra, F. W. C., Lima, D. F., Oliveira, F. P., Lemos, P. B. S., Muniz, C. A., & Paiva, R. F. (2022). Gestão da diversidade nas organizações: uma breve revisão bibliográfica. Research, Society and Development, 11 (11), pp. 1-12. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33610
Blanc, A., Nero, A., & Saraiva, A. (2020). Virulência [Vídeo]. YouTube. https://www.youtube.com/watch?v=LLbr_Kizf0U
Boltanski, L., & Chiapello, E. (2009). O novo espírito do capitalismo. São Paulo: Martins Fontes.
Brown, W. (2019). Nas ruínas do neoliberalismo. São Paulo: Editora Filosófica Politéia.
Cardoso, F. H., & Faletto, E. (1970). Dependência e desenvolvimento na América Latina. Rio de Janeiro: Zahar.
Castañeda, M. (2014). Ação coletiva com a internet: reflexões a partir da Avaaz. [Doctoral dissertation, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro]. https://institucional.ufrrj.br/portalcpda/teses-doutorado-2014/
Castañeda, M. (2020). Coletividade e conectividade nos modos de organização. In Egler, T. T. C., Kraus, L., & Costa, A. V. C. Marcas da inovação no território, v. 1, pp. 23-37. Rio de Janeiro: Letra Capital.
Castañeda, M. (2022). Coletivos midiativistas e Facebook: formas de organização política entre ruas e plataformas digitais. Revista Brasileira de Estudos Organizacionais, 9 (2), 251-293. https://doi.org/10.21583/2447-4851.rbeo.2022.v9n2.444
Castañeda, M. (2024). Inteligência artificial e a potencial desorganização dos movimentos sociais. In Junior, J. L. S. (Ed.), Nanotecnologia, sociedade e meio ambiente: convergências, divergências e insurgências tecnológicas, pp. 133-144. Curitiba: CRV.
Castells, M. (2013). Redes de indignação e esperança. Rio de Janeiro: Zahar.
Castells, M. (2016). O poder da comunicação. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Cesarino, L. (2022). O mundo do avesso – verdade e política na era digital. São Paulo: Ubu Editora.
Donaldson, L. (1998). Teoria da contingência estrutural. In Clegg, S., Hardy, C., & Nord, W. (Eds.), Handbook de estudos organizacionais, v.1, pp. 104-131. São Paulo: Atlas.
Egler, T. T. C. (2007). Cultura e ação política nas redes sociotécnicas. In Egler, T. T. C. Ciberpólis: redes no governo da cidade, pp. 217-228. Rio de Janeiro: 7Letras.
Egler, T. T. C. (2013). Redes sociais em Piraí: de cima para baixou ou de baixo para cima? In Egler, T. T. C. Digitalização do território, pp. 95-110. Rio de Janeiro: Letra Capital.
Egler, T. T. C., & Pereira, T. C. (2024). Rede tecnopolítica de extrema direita e democracia no Brasil. In
Egler, T. T. C (Ed.), Rede tecnopolítica, democracia e território, v. 1, pp. 25-46. Rio de Janeiro: Letra Capital.
Egler, T. T. C., Oliveira, F. M., Kraus, L., & Silva, H. (2024). Rede sociotécnica e território nas Olimpíadas do Rio. In Egler, T. T. C (Ed.), Rede tecnopolítica, democracia e território, v. 1, pp. 95-114. Rio de Janeiro: Letra Capital.
Escobar, A. (2004). Beyond the third world: imperial globality, global coloniality and anti-globalization social movements. Third World Quartely, v. 25 (1), 207-230. https://www.jstor.org/stable/3993785
Ferraz, A. T. R. (2019). Movimentos sociais no Brasil contemporâneo: crise econômica e crise política. Serviço Social e Sociedade, 135, 346-363. https://doi.org/10.1590/0101-6628.182
Fisher, M. (2020). Realismo capitalista: é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo. São Paulo: Autonomia Literária.
Fraser. N. (2018). Do neoliberalismo progressista a Trump – e além. Política & Sociedade, 17 (40), pp. 43-64. https://doi.org/10.5007/2175-7984.2018v17n40p43
Gerbaudo, P. (2021). Redes e ruas: mídias sociais e ativismo contemporâneo. São Paulo: Editora Funilaria.
Giddens, A. (2005). Para além da esquerda e da direita: o futuro da política radical. São Paulo: Editora Unesp.
Gohn, M.G. (2019). Teorias sobre a participação social: desafios para a compreensão das desigualdades sociais. Caderno CRH, 32 (85), 63-81. https://doi.org/10.9771/ccrh.v32i85.27655
Hannan, M., & Freeman, J. (2005). Ecologia populacional das organizações. Revista de Administração de Empresas, 45 (3), 70-91. https://hml-bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rae/article/view/37253
Hardt, M., & Negri, A. (2014). Multidão. Rio de Janeiro: Record.
Lazzarato, M. (2013). Trabalho imaterial: formas de vida e produção de subjetividade. Rio de Janeiro: Lamparina Editora.
Mata, I. (2014). Estudos pós-coloniais: desconstruindo genealogias eurocêntricas. Civitas, 14 (1), 27-42. https://doi.org/10.15448/1984-7289.2014.1.16185
Mészáros, I. (2014). O poder da ideologia. São Paulo: Boitempo.
Meyer, J., & Rowan, B. (1977). Institucionalized organizations: formal structures as myth and ceremony. American Journal of Sociology, 83, 341-363. https://doi.org/10.1086/226550
Miguel, L.F. (2017). Resgatar a participação: democracia participativa e representação política no debate contemporâneo. Lua Nova, 100, 83-118. https://doi.org/10.1590/0102-083118/100
Miller, D., Rabho, L. A., Awondo, P., Vries, M; Duque, M., Garvey, P., Haapio-kirk, L., Hawkins, C., Otaegui, A., Walton, S., & Wang, X. (2021). The global smartphone: beyond a youth tecnologhy. London: UCL Press.
Morozov, E. (2018). Big Tech: a ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora.
Oliveira, I. A. R. (2010). Teoria política moderna: uma introdução. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.
Paes de Paula, A. P. Tragtenberg revistado: as inexoráveis harmonias administrativas e a burocracia flexível. Revista de Administração Pública, 36 (1), 127-144. https://periodicos.fgv.br/rap/article/view/6431
Paglia, F. C. N., & Machado, N. S. (2023). Análise das contribuições acadêmicas e a evolução das boas práticas de ESG no Brasil: uma revisão de literatura. Observatório de la economia latino-americana, 21 (9), 13253-13279. https://doi.org/10.55905/oelv21n9-150
Puyosa, I. (2015). Los movimientos sociales em red: del arranque emocional a la propagación de ideas de cambio político. Chasqui: Revista Latinoamericana de Comunicación, 128, 197-214. https://revistachasqui.org/index.php/chasqui/article/view/2311/2459
Ries, E. (2012). A start up enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo: Lua de Papel.
Ruediger, M. A. (2021). A extrema-direita global: Brasil estabelece ecossistema próprio no Parler e mimetiza extrema direita americana. Rio de Janeiro: FGV, DAPP.
Sader, E. (1988). Quando novos personagens entraram em cena: experiências, falas e lutas dos trabalhadores da Grande São Paulo (1970-80). Rio de Janeiro: Paz e Terra.
Santos, M. (2000). Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record.
Sauerbronn, F. F., Castañeda, M., & Jacobs, D. A. (2022). Counter Accounting on Business Policial Engagement: Populism, Democracy and Neoliberal Cleavage in Brazil. Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, 46º Encontro, On-line.
Sherman, N. (2024). Por que parte do Vale do Silício está assumindo apoio a Trump? BBC News, 13 aug. https://www.bbc.com/portuguese/articles/clyg9j1yz37o
Slee, T. (2017). Uberização: a nova onda do trabalho precarizado. São Paulo: Editora Elefante.
Tilly, C. (1993). Contentious Repertoires in Great Britain, 1758-1834. Social Science History, 17, pp. 253-280.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Marcelo Castañeda

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Cidades, Comunidades e Territórios by DINÂMIA'CET-IUL is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Proibição de realização de Obras Derivadas 4.0 Unported License.Permissions beyond the scope of this license may be available at mailto:cidades.dinamiacet@iscte.pt.

