Bases para o planejamento territorial urbano
Uso de imagens hiperespectrais para a identificação de áreas geradoras de funções ecológicas de suporte
Palabras clave:
serviços ecossistêmicos, território, planejamento urbano, sensoriamento remoto, sumidouros de carbonoResumen
A consideração dos serviços ecossistêmicos no planejamento territorial tanto previne quanto mitiga impactos ambientais, objetivo que se alcança por meio dos serviços que se relacionam a provisão de recursos e regulação do ambiente propiciando bem estar sociocultural. Mas tais serviços estão ancorados na integridade do ecossistema que é alcançada pelas funções ecológicas de suporte que, por sua vez, possuem na presença da vegetação e na capacidade de seqüestro de carbono na paisagem sua melhor expressão. Esse entendimento demanda que o planejamento do território considere e disponha de meios de mensurar a presença dessas funções para subsidiar suas decisões sobre o uso e ocupação do solo. O presente trabalho objetiva identificar sumidouros de carbono na paisagem territorial do Distrito Federal, com o uso de ferramentas de sensoriamento remoto para subsidiar um planejamento territorial baseado na promoção e proteção de funções ecológicas de suporte e, por decorrência, dos serviços ecossistêmicos (regulação, provisão e cultura). Visando identificar áreas com comportamento de sumidouro de carbono, foram aplicados, em um trecho da paisagem do Distrito Federal, os índices ICO2 e CO2flux, um vinculado à presença de CO2 na coluna atmosférica e outro, à eficácia fotossintética da vegetação. Na análise dos resultados uma relação entre os índices foi observada, na identificação de sumidouros de carbono e forneceram-se evidências do desempenho da vegetação na prestação de serviços ecossistêmicos de suporte, apontando a relevância dos índices hiperespectrais para subsidiar o planejamento territorial.
Citas
Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s10533-006-9052-4
Almenar, J.B, Rugani, B., Geneletti, D., & Brewer, T. (2018). "Integration of ecosystem services into a conceptual spatial planning framework based on a landscape ecology perspective”. Landscape Ecol, 33, pp. 2047–2059
Disponível em: https://dspace.lib.cranfield.ac.uk/handle/1826/13703
Amaral, R., Costa, S., & Muzzi, M. R. (2017). “O sequestro de carbono em trechos da floresta urbana de Belo Horizonte: por um sistema de espaços livres mais eficiente no provimento de serviços ecossistêmicos urbanos” .Paisagem e Ambiente, 39, pp. 163-179.
Disponível em: http://www.revistas.usp.br/paam/article/view/109272
Baptista, G. M. M., (2003). Validação da Modelagem de Seqüestro de Carbono para Ambientes Tropicais de Cerrado, por meio dos dados AVIRIS e HYPERION. Trabalho apresentado no XI Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, SBSR, 1037-1044, abril 2003, Belo Horizonte.
Baptista, G. M. M., (2004). “Mapeamento do seqüestro de carbono e de domos urbanos de CO2 em ambientes tropicais, por meio de sensoriamento remoto hiperespectral.” Geografia, 29(2), pp. 189-202.
Baptista, G. M. M., (2019). Sensoriamento remoto hiperespectral. Rio de Janeiro: Editora Interciência.
Bélanger, P.,( 2017). Ladscape as infrastructure. New York: Routledge.
Bokalders, V, Block, M. (2016), Urban ecosystem services: let nature do the work, Estocolmo: c/o city.
Bonam, G., (2008). Ecological climatology: concepts and applications. Cambridge: Cambridge University Press.
Bonzi, R.S. (2017), “Paisagem como infraetrutura”, in P. Pellegrino, N. B. Moura (Eds.), Estratégias para uma infraestrutura verde, Barueri: Manole, pp. 1-24.
Bunster-Ossa, I. F. (2014), Reconsidering Ian McHarg: the future of urban ecology, Londres e Nova Iorque: Routledge.
Cherso, F. P. , (1553). A cidade feliz. Campinas: Editora da Unicamp.
Danish Nature Agency, (2015). The finger plan. Copenhagen: The Danish Nature Agency.
Firehock, k., Walker, R.A. (2019), Green infrastructure: map and plan the natural wolrd with GIS, Redlands: Esri press.
Forman, R. T. T.; Godron, M., (1986). Landscape Ecology, New York: John Wiley & Sons.
Fuentes, D.A., Gamon, J. A., Cheng Y., Claudio, H. C., Qiu, H , Mao, Z., Sims. D.A., Rahman, A.F., Oechel, W., Luo, H. (2006) “Mapping carbon and water vapor fluxes in a chaparral ecosystem using vegetation indices derived from AVIRIS”, Remote Sensing of Environment , 103, pp. 312 –323.
Disponível em: https://specnet.info/SpecNet_Articles/Fuentes_2006.pdf
Galvão, L. S.; Formaggio, A. R.; Tisot, D. A. (2005). “Discriminação de variedades de cana-de-açúcar com dados hiperespectrais do sensor Hyperion/EO-1”, Revista Brasileira de Cartografia, 57(1), pp. 7-14.
Gamon, J. A.; Serrano, L.; Surfus, J.S., (1997). “The photochemical reflectance index: an optical indicator of photosynthetic radiation use efficiency across species, functional types, and nutrient levels.” Oecologica, 112, pp. 492‐501.
Gao, B.C.; Goetz, A.F.H. (1993). “Derivation of scaled surface reflectances from AVIRIS data.” Remote Sensing of Environment, 44, pp. 165-178.
Gower, S. T. (2003) “Patterns and mechanisms of the forest carbon cycle”. Madison: Department of Forest Ecology and Management.
Hobbs, R.J., (2007). “Setting effective and realistic restoration goals: key directions for research.” Restoration Ecology,15, pp. 354-357.
Hopkins, M. I. W., (2013). “Vegetation as a component of urban form”. Urban Morphology: Journal of the International Seminar on Urban Form, 17, pp. 57-59.
Howard, E. (1902). “Garden cities of to-morrow.” Londres: Swan Sonnenschein & CO., Ltd.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, (2019). “Distrito Federal: História & Fotos”. São Paulo: IBGE- Cidades.
Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/df/brasilia/panorama
LAL, R. (2004) “Soil carbon sequestration impacts on global climate change and food security”. Science, New York, 304, pp. 1623-1627.
Disponível em: https://science.sciencemag.org/content/304/5677/1623
Lovell, S. T.; Taylor, J. R. (2013). “Supplying urban ecosystem services through multifunctional green infrastructure in the united states.” Landscape Ecology in Review, 28, pp. 1447-1463.
Meneguetti, K. S. (2017), “Antes da infraestrutura verde: o plano de Maringá”, in P. Pellegrino, N. B. Moura (Eds.), Estratégias para uma infraestrutura verde, Barueri: Manole, pp. 63-78
Millennium Ecosystem Assessment Board – MA, (2005). “Ecosystems and Human Well-being: A Framework for Assessment”, London: Island Press.
Disponível em: https://www.cifor.org/knowledge/publication/1866/
More, T. , (1516). A utopia. Brasília: Editora UNB.
Odum, H.T. (1973). “Energy, ecology and economics.” AMBIO 2 , 6, pp. 220–227.
Pellegrino, P. (2017), “Paisagem como infraestrutura ecológica: a floresta urbana”, in P. Pellegrino, N. B. Moura (Eds.), Estratégias para uma infraestrutura verde, Barueri: Manole, pp. 63-78
Pereira costa, S. A; Netto, M.M.G., (2015). “Fundamentos de morfologia urbana”, Belo Horizonte: Editora C/Arte.
Rahman, A. F.; Gamon, J. A.; Fuentes, D. A.; Roberts, D. A.; Prentiss, D., (2001). “Modeling spatially distributed ecosystem flux of boreal forest using hyperspectral indices from AVIRIS imagery”. Journal of Geophysical Research, 106(D24), pp. 33.579-33.591.
Disponível em: http://www.geog.ucsb.edu/viper/viper_pubs/rahman_et_al_2001.pdf
Santos, C. V. B. (2017), Modelagem Espectral para Determinação de Fluxo de CO2 em Áreas de Caatinga Preservada e em Regeneração. Dissertação de Mestrado em Modelagem em Ciências da Terra e do Ambiente, Feira de Santana – UEFS.
Schramm, V. F.; Vibrans, A. C. (2007). “Uso de imagens hiperespectrais (EO-1 Hyperion) para detalhamento da detecção das formações florestais na bacia do Itajaí”, Dynamics Revista TecnoCientífica, 13(1), pp. 59-69.
Silva, S. C. P, Baptista, G. M. M., (2015a). “Modelagens de Sequestro Florestal de Carbono e dos Conteúdos de CO2 Atmosférico com Dados Hyperion em Diferentes Ambientes na Amazônia Brasileira”. RBC. Revista Brasileira de Cartografia, 67, pp. 1509-1521.
Silva, S. C. P, Baptista, G. M. M., (2015b). “Análises espectrais da vegetação com dados hyperion e sua relação com a concentração e o fluxo de em diferentes ambientes na amazônia brasileira”. Boletim de Ciências Geodésicas, 21(2), pp. 354-370.
Disponível em: https://revistas.ufpr.br/bcg/article/view/41949
Sitte, C. (1889). “City planning according to artistics principles.”. Nova Iorque: Random House.
Spirn, A. W. , (1995). “O jardim de granito”. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
Waldheim, C., (2016). “Landscape as urbanism: a general theory”. New Jersey: Princeton University Press.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Cidades, Comunidades e Territórios by DINÂMIA'CET-IUL is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Proibição de realização de Obras Derivadas 4.0 Unported License.Permissions beyond the scope of this license may be available at mailto:cidades.dinamiacet@iscte.pt.