Sustentabilidade e eficiência no uso de recursos em Portugal

Os impactos do PO SEUR (2014-2020)

Auteurs-es

  • Eduardo Medeiros Iscte - Instituto Universitário de Lisboa, DINÂMIA’CET-Iscte https://orcid.org/0000-0002-8877-5606
  • Bernardo Valente Iscte - Instituto Universitário de Lisboa, CIS-Iscte https://orcid.org/0000-0001-8332-7639
  • Vasco Gonçalves Iscte - Instituto Universitário de Lisboa, DINÂMIA’CET-Iscte
  • Paula Castro Iscte - Instituto Universitário de Lisboa, CIS-Iscte

Mots-clés :

PO SEUR, Territorial Impact Assessment, Environmental Sustainability, Climate adaptations, Low-Emissions Economy.

Résumé

Vivemos numa era com preocupações globais crescentes no domínio da sustentabilidade ambiental. A sensibilidade institucional e social para a proteção ambiental é particularmente relevante no território da União Europeia (UE). Neste particular, a Política de Coesão destina uma parte significativa do seu pacote financeiro para concretizar objetivos de políticas estratégicas que concretizem um apoio proactivo à concretização de processos de desenvolvimento territorial ambientalmente sustentáveis. Em Portugal, o PO SEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos – tem atuado como um instrumento privilegiado de suporte ao desenvolvimento sustentável. Neste artigo, foi utilizada uma metodologia de avaliação de impactos para avaliar a implementação do PO SEUR (2014-2020) em Portugal continental em cinco dimensões de análise: (i) Economia com baixas emissões; (ii) Adaptação às Alterações Climáticas; (iii) Prevenção e Gestão de Riscos; (iv) Proteção Ambiental e (v) Eficiência dos Recursos. Com base nos dados recolhidos, foi possível verificar que, em geral, o PO SEUR teve um impacto positivo na sustentabilidade e eficiência no uso de recursos em Portugal Continental no período de 2014-2020. Contudo, esse impacto variou, de forma geral, entre os impactos baixos e os moderadamente positivos. Neste particular, destaca-se os impactos positivos mais elevados na dimensão ‘adaptação às alterações climáticas’ e os menos positivos na dimensão ‘economia com baixas emissões’.

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Publié-e

2022-12-29

Numéro

Rubrique

Policy Brief