Building communal ties in the Arranjo Local da Penha

Women’s mobilization through agricultural practices in the favela

Authors

  • Mariana Portilho Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
  • Camila Gonçalves de Oliveira Rodrigues
  • Annelise Caetano Fraga Fernandez https://orcid.org/0000-0002-2659-9547

Keywords:

urban agriculture, Arranjo Local da Penha, women and agroecology

Abstract

This paper studies the development of Arranjo Local da Penha, a territorial community network created in 2016 in the favelas of Penha, rooted in the north zone of Rio de Janeiro. This network is led mostly by women practicing urban agriculture based on agroecology, who build and expand their project through local organization. Through field research and participant observation, the paper sheds new light on the practices and dynamics of this network. The paper describes the Arranjo’s trajectory, pointing out the limits and possibilities to the development of urban agriculture in the favelas of Penha. Overall, this research indicates an increase in women’s protagonistic role, in parallel to the building of strong emotional ties between Penha´s territory and them. These are outcomes of their effort to create access to “comida de verdade” (“real food”) in the favelas. The paper reinforces the importance of local food production as a path to promote not only health and well-being, but also the debates about memory and culture - leading to the strengthening of people´s social ties and their sense of belonging to the community.

References

Alier, J. M. (2012). O ecologismo dos pobres. São Paulo: Contexto.

Altieri, M. (2004). Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável. (4th ed.). Porto Alegre: Editora da UFRGS.

Arruza, C., Bhattacharya, T., & Fraser, N. (2019). Feminismo para os 99%: um manifesto. São Paulo: Boitempo.

Barbosa, L. (2009). Tendências da alimentação contemporânea. In M. L. Pinto, & J. K. Pacheco (Orgs). Juventude, consumo e educação 2. (pp. 15-64). Porto Alegre: ESPM.

Carneiro, M. J. (2008). «Rural» como categoria de pensamento, Ruris, 2(1), 9–39. https://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/ruris/article/view/661.

CONSEA (2015). Relatório Final Carta Política, Manifesto, Proposições e Moções, 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Brasília-DF. http://www4.planalto.gov.br/consea/eventos/conferencias/arquivos-de-conferencias/5a-conferencia-nacional-de-seguranca-alimentar-e-nutricional/relatorio_2015_consea_web-final.pdf.

De Paula, Silvana G. (2005). Natureza, ruralidade e experiência urbana. In J. R. Moreira (Org.). Identidades sociais: ruralidades no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: DP&A.

Favareto, A. S. (2007). A longa evolução da relação rural-urbano: para além de uma abordagem normativa do desenvolvimento rural, Ruris, 1(1), 157–191.

Fernandez, A. C. F., & Batista Filho, A. (2019). Agricultura familiar urbana: limites das políticas públicas e das representações sociais, CIDADES, Comunidades e Territórios, 39. https://revistas.rcaap.pt/cct/article/view/18404.

Hespanhol, A. N., & Hespanhol, R. M. (2006) Dinâmica do espaço rural e novas perspectivas de análise das relações campo-cidade no Brasil, Terra Livre, 2, 133–148.

Hespanhol, R. M. (2019). Agricultura urbana em Portugal: práticas espontâneas e institucionalizadas, Revista franco-brasilera de geografia, 43, 1–23.

Hespanhol, R. M. (2013). Campo e cidade, rural e urbano no Brasil contemporâneo, Fortaleza, 12(2), 103–112.

Magalhães, L. (2009). In J. C. L., Ramires, V. L. S. Pessôa (Org.). Geografia e pesquisa qualitativa: nas trilhas da investigação. Uberlândia: Assis Editora.

Marques, M. I. M. (2002). O Conceito de espaço rural em questão, Revista Terra Livre, 19, 95–112.

Maselli, M. M. V. S. (2015). Conflitos e resistências na agricultura familiar da cidade do Rio de Janeiro. Revista Agriculturas: experiências em agroecologia, 12(2).

Mougeot, L. (2000). Agricultura urbana: conceito e definição, Revista Agricultura Urbana, 20, 1–8. https://agriculturaurbana.org.br/RAU/AU01/AU1conceito.pdf.

Prado, B. A., Mattos, C., & Fernandez, A. C. F. (2012). Agricultores do Maciço da Pedra Branca (RJ): em busca de reconhecimento de seus espaços de vida, Revista Agriculturas: experiências em agroecologia, 9(2), 6–9. http://aspta.org.br/files/2012/10/Agriculturas-V9N2-SET-2012.pdf.

Polanyi, K. (2000). A grande transformação. São Paulo: Campus.

Rio de Janeiro (2017). Plano Estratégico da Cidade do Rio de Janeiro Rio 2020: mais solidário e mais humano, Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro. http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/7142493/4196108/D.O._04072017.pdf.

Santandreu, A., & Lovo, I. (2007). Panorama da agricultura urbana e periurbana no Brasil e diretrizes políticas para sua promoção: identificação e caracterização de iniciativas de agricultura urbana e periurbana em regiões metropolitanas brasileiras. Belo Horizonte: REDE/ IPES.

Santos, M. (1999). O dinheiro e o território, GEOgraphia, 1(1), 7–14.

Seldin, C., & Canedo, J. (2018). Housing in intramural favelas: Considerations on new forms of urban expansion in contemporary times, CIDADES, Comunidades e Territórios, 37, 16–32. https://dx.doi.org/10.15847/citiescommunitiesterritories.dec2018.037.art02

Sorokin, P., Zimmerman, C., Galpin, C. (1986). Diferenças fundamentais entre o mundo rural e o urbano. In J. S. Martins (org.). Introdução crítica à sociologia rural (198–224). São Paulo: Hucitec.

Silva, U. C. (2016). A Agricultura na Cidade do Rio de Janeiro no Âmbito da Rede Carioca de Agricultura Urbana. possibilidades e desafios na produção do espaço urbano sob enfoque da agroecologia. In XVIII Encontro Nacional de Geógrafos - A construção do Brasil: geografia, ação política e democracia. São Paulo: Associação dos Geógrafos do Brasil.

Silva, J. G. (1997). O novo rural Brasileiro. Belo Horizonte: Revista Nova Economia.

Silveira, D. S. da (2012). Redes sociotécnicas na Amazô nia: tradução de saberes no campo da biodiversidade. Rio de Janeiro: Multifoco.

Teisserenc, P., Teisserenc, M. J. S. A. (2014). Território de ação local e de desenvolvimento sustentável: efeitos da reivindicação socioambiental nas ciências sociais, Revista de Sociologia e Antropologia, 4(1), 97–125.

Valladares, L. P. (2005). A invenção da favela: do mito de origem à favela.com. Rio de Janeiro: FGV.

Vaz, L.F., & Seldin, C. (2016).From the Precarious to the Hybrid: The Case of the Maré Complex in Rio de Janeiro. In K. Kosmala, & M. Imas (Eds.). Precarious Spaces: The Arts, Social and Organizational Change (pp. 37–59). Bristol/Chicago: Intellect.

Veiga, J. E. (2006). Nascimento de outra ruralidade, Estudos avançados, 20 (57). https://www.scielo.br/pdf/ea/v20n57/a23v2057.pdf.

Published

2021-06-23

Issue

Section

Article