Las Mujeres y el Mito de la Agricultura de Subsistencia. De la exportación de alimentos a la dependencia alimentaria en el sur de Mozambique

Authors

  • Albert Farré Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Universidade de Brasília, Campus Universitário Darcy Ribeiro, Brasília, 70910-900 Brasil http://orcid.org/0000-0002-1681-0441

Keywords:

Mozambique, historia, agricultura doméstica, mujeres, movilidad, mercados

Abstract

Uno de los temas recurrentes en los debates sobre desarrollo rural en Mozambique es la existencia y el protagonismo de la llamada agricultura doméstica de subsistencia, también referida como sector familiar. En este artículo nos proponemos cuestionar este concepto a través de una perspectiva histórica que siga los cambios producidos en las zonas rurales del sur de Mozambique, antes, durante y después del colonialismo. A menudo conceptos como economía doméstica tienden a simplificar demasiado las realidades complejas de las zonas rurales, dificultando análisis más detallados sobre los cambios que allí acontecen, por ejemplo en relación a la existencia de mercados rurales, o a las desigualdades y dependencias sociales que estructuran las sociedades rurales.

References

Adam, Y. (2006). Cooperativização na agricultura e relações de produção em Moçambique. Maputo: Promédia.

Ali, R. (2013). Mercados de trabalho rurais: Porque são negligenciados nas políticas de emprego, redução da pobreza e desenvolvimento em Moçambique? In Brito, L., Castel-Branco, C., Chichava, S., & Francisco, A. (Orgs.), Perspectivas para Moçambique 2013 (pp. 211-237). Maputo: IESE.

Alpers, E. (1984). State, merchant capital and gender relations in southern Mozambique to the end of the nineteenth century: Some tentative hypothesis. African Economic History, 13, pp. 23-55.

Boeyens, J. (1994). Black ivory: The indenture system and slavery in Zoutspansberg, 1848-1869. In Eldredge, E., & Morton, F. (Eds.), Slavery in Africa. Captive labour on the Dutch frontier (pp. 187-214). Boulder: Westview Press.

Bowen, M. L. (1989). Peasant agriculture in Mozambique: The case of Chokwe, Gaza Province. Canadian Journal of African Studies, 23(3), 355-379.

DOI : 10.2307/485183

Capela, J., & Medeiros, E. (1987). O tráfico de escravos de Moçambique para as ilhas do Índico, 1720-1902. Maputo: Núcleo Editorial da UEM.

Capela, J. (1991). O apriorismo ideológico na História de Moçambique. In José, A., & Meneses, P. (Eds.), Moçambique - 16 anos de historiografia. Focos, problemas, metodologias, desafios para a década do 90 (pp. 73-78). Maputo: Coleção Painel Moçambicano.

Casal, A. Y. (1988). A crise de produção familiar e as aldeias comunais em Moçambique. Revista Internacional de Estudos Africanos, 8-9, pp. 157-191.

Casal, A. Y. (1991). Discurso socialista e camponeses africanos: Legitimação política-ideológica da socialização rural em Moçambique (FRELIMO 1965-1984). Revista Internacional de Estudos Africanos, 14-15, pp. 35-76.

Castel-Branco, C. (2008a). Notas de reflexão sobre a Revolução Verde. Contributos para um debate. Discussion Paper nº 2/2008. Recuperado el 15 de Junio, 2014, de http://www.iese.ac.mz/lib/publication/dp_2008/Discussion_Paper2_Revolucao_Verde.pdf

Castel-Branco, C. (2008b). Desafios do desenvolvimento rural em Moçambique: Contributo crítico com debate de postulados básicos. Discussion Paper nº 3/2008. Recuperado el 17 de Junio, 2014, de http://www.iese.ac.mz/lib/publication/dp_2008/DP_03_2008_Desafios_DesenvRural_Mocambique.pdf

CEA (Centro de Estudos Africanos - Universidade Eduardo Mondlane). (1998). O mineiro moçambicano. Um estudo sobre a exportação de mão de obra em Inhambane. Maputo: CEA-UEM (Obra original publicada en 1977).

Covane, L. A. (1989). As relações económicas entre Moçambique e a África do Sul 1850-1964. Acordos e regulamentos principais. Maputo: Arquivo Histórico de Moçambique.

Covane, L. A. (2001). O trabalho migratório e a agricultura no sul de Moçambique (1920-1992). Maputo: Promédia.

Cramer, C., & Pontara, N. (1998). Rural poverty and poverty alleviation in Mozambique: What’s missing from the debate? Journal of Modern African Studies, 36(1), 101-138.

DOI : 10.1017/S0022278X97002668

Cramer, C., Oya, C., & Sender, J. (2008). Lifting the blinkers: A new view of power, diversity and poverty in Mozambican rural labour markets. Journal of Modern African Studies, 46(3), 361-392.

DOI : 10.1017/S0022278X08003340

Cravinho, J. (1998). Frelimo and the politics of agricultural marketing in Mozambique. Journal of Southern African Studies, 24(1), 93-113.

DOI : 10.1080/03057079808708568

Dinerman, A. (1999). O surgimento dos antigos régulos como “chefes de produção” na província de Nampula (1975-1987). Estudos Moçambicanos, 17, pp. 95-256.

Dinerman, A. (2001). Peasant and state in Mozambique. Journal of Peasant Studies, 28(3), 143-154.

DOI : 10.1080/03066150108438779

Earthy, D. (1968). Valenge women. The social and economic life of the Valenge women of Portuguese East Africa. Londres: Frank Cass (Obra original publicada en 1933).

Farré, A. (2013). A broken link. Two generations in a rural household in Massinga district, southern Mozambique. Anthropology Southern Africa, 36(3 & 4), 124-129.

Farré, A. (forthcoming). Women as mediators in post-war Mozambique: Pushing lobolo from price to propriety. In Hart, K. (Series Ed.) & Hart, K., & Sharp, J. (Vol. Eds.), Human economy: Vol 2. Economy for and against democracy. Nueva York: Berghahn Books.

Feliciano, J. F. (1998). Antropologia econômica dos Thonga do sul de Moçambique. Maputo: Arquivo Histórico de Moçambique.

Ferguson, J. (2013). Declarations of dependence: Labour, personhood and welfare in Southern Africa. Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S.), 19, pp. 223-242.

DOI : 10.1111/1467-9655.12023

First, R. (1983). Black gold: The Mozambican miner, proletarian and peasant. Brighton: Harvester.

Francisco, A. (2012). Moçambique e a explosão demográfica: Somos muitos? Somos poucos? IDeIAS Boletim do IESE, 45. Recuperado el 20 de Junio, 2014, de http://www.iese.ac.mz/lib/publication/outras/ideias/ideias_45.pdf

Hall, M. (1990). The Mozambican National Resistance Movement (Renamo). A study in the destruction of an African country. Africa, 60(1), 39-68.

DOI : 10.2307/1160426

Harries, P. (1981a). The anthropologist as historian and liberal: H-A. Junod and the Thonga. Journal of Southern African Studies, 8(1), 37-50.

DOI : 10.1080/03057078108708033

Harries, P. (1981b). Slavery, social incorporation and surplus extraction: The nature of free and unfree labour in South-East Africa. Journal of African History, 22(3), 309-330.

DOI : 10.1017/S0021853700019551

Harries, P. (1982). Kinship, ideology and the nature of pre-colonial labour migration. Labour migration from the Delagoa Bay hinterland to South Africa up to 1985. In Marks, S., & Rathbone, R. (Eds.), Industrialisation and social change in South Africa (pp. 142-166). Nueva York: Longman.

Harries, P. (1994). Work, culture and identity: Migrant labourers in Mozambique and South Africa, c. 1860- 1910. Portsmouth & Johannesburg: Heinemann & Witwatersrand University Press.

Harris, M. (1959). Labor emigration among the Moçambique Thonga: Cultural and political factors. Africa, 29(1), 50-66.

Harrison, G. (1998). Marketing legitimacy in rural Mozambique: The case of Mecufi district, northern Mozambique. The Journal of Modern African Studies, 36(4), 569-591.

DOI : 10.1017/S0022278X98002924

Henshaw, P. (1998). The “key to South Africa” in the 1890s: Delagoa Bay and the origins of the South African war. Journal of Southern African Studies, 24(3), 527-543.

Isaacman, A. (1992). Peasants, work and the labour process: Forced cotton cultivation in colonial Mozambique 1938-1961. Journal of Social History, 25(4), 815-855.

Junod, H. (1962). The life of a South African tribe. Nueva York: University Books (Obra original publicada en 1914 y revisada en 1926).

DOI : 10.2307/29738054

Kruks, S., & Wisner, B. (1984). The state, the party and the female peasantry in Mozambique. Journal of Southern African Studies, 11(1), 106-127.

DOI : 10.1080/03057078408708090

Lemos, M. J. C. (1995). Relações de Lourenço Marques com o Transvaal, antes e depois da ligação ferroviária. Arquivo. Boletim do Arquivo Histórico de Moçambique, 17, pp. 87-124.

Liesegang, G. (1970). Nguni migrations between Delagoa Bay and the Zambezi, 1821-1839. African Historical Studies, 3(2), 317-337.

DOI : 10.2307/216219

Liesegang, G. (1975). Aspects of Gaza Nguni history. Rhodesian History, 6, pp. 1-14.

Manceaux, M. (1976). Mulheres de Moçambique. Lisboa: Arcadia.

Manghezi, A. (1983). Ku thekela: Estratégias de sobrevivência contra a fome no sul de Moçambique. Estudos Moçambicanos, 4, pp. 19-40.

Mariano, E., & Paulo, M. (2009). Infertilidade, fertilidade: Áreas escondidas do nosso quotidiano? Maputo: Kula.

Marleyn, O., Wield, D., & Williams, R. (1982). Notes on the political and organisational offensive in Mozambique and its relationship to agricultural policy. Review of African Political Economy, 24, pp. 114-120.

DOI : 10.1080/03056248208703503

Mauss, M. (1991). Sociología y antropología (T. Rubio de Martín-Retortillo, Trad.). Madrid: Tecnos (Obra original publicada en 1968).

Morice, A. (2009). Être mozambicain dans le Mpumalanga. Lusotopie, 16(1), 99-112.

Mosca, J. (2011). Políticas agrárias de (em) Moçambique (1975-2009). Maputo: Escolar Editora.

Murray, M. (1995). “Blackbirding” at “Crook’s Corner”: Illicit labour recruiting in the north-eastern Transvaal, 1910-1940. Journal of Southern African Studies, 21(3), 373-397.

Negrão, J. (1998). Homens e mulheres na agricultura. In Loforte, A. E., & Arthur, M. J. (Eds.), Relações de género em Moçambique: Educação, trabalho e saúde (pp. 17-26). Maputo: Departamento de Antropologia e Arqueologia, Universidade Eduardo Mondlane.

Negrão, J. (2008). Minimizar as causas da instabilidade. Moçambique: Agricultura e ajustamento. In Negrão, J., Repensando a terra e as modas do desenvolvimento rural (pp. 12-55). Maputo: Texto Editora (Obra original publicada en 1992).

Newitt, M. (1988). Drought in Mozambique (1823-1831). Journal of Southern African Studies, 15(1), 15-35.

Nhambi, S., & Grest, J. (2009). Mobility, migration and trade: Interactive flows between Durban and southern Mozambique. In Brito, L., Castel-Branco, C., Chichava, S., & Francisco, A. (Orgs.), Southern Africa and challenges for Mozambique (pp. 59-87). Maputo: IESE.

O’Laughlin, B. (1996). Through a divided glass: Dualism, class and the agrarian question in Mozambique. Journal of Peasant Studies, 23(4), 1-39.

DOI : 10.1080/03066159608438618

O’Laughlin, B. (2002). Proletarianisation, agency and changing rural livelihoods: Forced labour and resistance in colonial Mozambique. Journal of Southern African Studies, 28(3), 511-530.

DOI : 10.1080/0305707022000006495

O’Meara, D. (1991). The collapse of Mozambican socialism. Transformation, 14, pp. 82-103.

Peters, P. (1983). Gender, developmental cycles and historical process: A critique of recent research on women in Botswana. Journal of Southern African Studies, 10(1), 100-122.

DOI : 10.1080/03057078308708070

Pitcher, M. A. (1998). Disruption without transformation: Agrarian relations and livelihoods in Nampula province, Mozambique 1975-1995. Journal of Southern African Studies, 24(1), 115-140.

DOI : 10.1080/03057079808708569

Pitcher, M. A. (1999). What’s missing from “What’s missing?” A reply to C. Cramer and N. Pontara, “Rural poverty and poverty alleviation in Mozambique: What’s missing from the debate?”. Journal of Modern African Studies, 37(4), 697-709.

DOI : 10.1017/S0022278X99003195

Raikes, Ph. (1985). Food policy and production in Mozambique since independence. In Pottier, J. (Ed.), Food systems in Central & Southern Africa (pp. 231-245). Londres: SOAS - University of London.

DOI : 10.1080/03056248408703570

Roesch, O. (1991). Migrant labour and forced rice production in southern Mozambique: The colonial peasantry of the lower Limpopo Valley. Journal of Southern African Studies, 17(2), 239-270.

DOI : 10.1080/03057079108708277

Sender, J., Oya, C., & Cramer, C. (2006). Women working for wages: Putting flesh on the bones of a rural labour market survey in Mozambique. Journal of Southern African Studies, 32(2), 313-333.

DOI : 10.1080/03057070600656291

Sheldon, K. (2003). Markets and gardens: Placing women in the history of urban Mozambique. Canadian Journal of African Studies, 37(2/3), 358-395.

DOI : 10.2307/4107243

Smith, A. (1991). The idea of Mozambique and its enemies, c. 1890-1930. Journal of Southern African Studies, 17(3), 496-524.

Söderbaum, F., & Taylor, I. (2003). Regionalism and uneven development in Southern Africa. Londres: Ashgate.

Tschirley, D., & Benfica, R. (2001). Smallholder agriculture, wage labour, and rural poverty alleviation in land-abundant areas of Africa: Evidence from Mozambique. Journal of Modern African Studies, 39(2), 333-358.

DOI : 10.1017/S0022278X01003585

Valá, S. C. (2003). A problemática da posse da terra na região agrária de Chókwè (1954-1995). Maputo: Promédia.

Van den Berg, J. (1987). A peasant form of production: Wage-dependent agriculture in southern Mozambique. Canadian Journal of African Studies, 21(3), 375-389.

Vidal, D. (2009). Entre Maputo et Johannesburg. Qu’est le système du travail migrant devenu? Lusotopie, 16(1), 85-97.

Wardman, A. (1985). The co-operative movement in Chokwe, Mozambique. Journal of Southern African Studies, 11(2), 295-304.

Waterhouse, R. (2001). Estabelecendo a ponte entre o rural e o urbano: Um estudo de caso sobre estratégias de sustento quotidiano das mulheres na aldeia de Ndixe, distrito de Marracuene, província de Maputo. In Waterhouse, R., & Vijfhuizen, C. (Eds.), Estra-tégias das mulheres, proveito dos homens. Género, terra e recursos naturais em diferentes contextos rurais em Moçambique (pp. 59-88). Maputo: Núcleo de Estudos da Terra (UEM) - ActionAid Moçambique.

Waterhouse, R., & Vijfhuizen, C. (Eds.). (2001). Estratégias das mulheres, proveito dos homens. Género, terra e recursos naturais em diferentes contextos rurais em Moçambique. Maputo: Núcleo de Estudos da Terra (UEM) - ActionAid Moçambique.

Webster, D. (1986). The political economy of food production and nutrition in Southern Africa in historical perspective. Journal of Modern African Studies, 24(3), 447-463.

DOI : 10.1017/S0022278X00007114

West, H. (1998). “This neighbour is not my uncle!”: Changing relations of power and authority on the Mueda Plateau. Journal of Southern African Studies, 24(1), 141-160.

Wuyts, M. (1981). Sul do Save: Estabilização e transformação da força de trabalho. Estudos Moçambicanos, 3, pp. 33-44.

Young, S. (1977). Fertility and famine: Women’s agricultural history in southern Mozambique. In Palmer, R., & Parsons, N. (Eds.), The roots of rural poverty in Central and Southern Africa (pp. 66-81). Londres: Heinemann.

Young, T. (1990). The MNR/RENAMO: External and internal dynamics. African Affairs, 89(357), 491-509.

Zimba, B. (2003). Mulheres invisíveis: O género e as políticas comerciais no sul de Moçambique, 1720-1830. Maputo: Promédia.

Published

2016-01-19