Inteligência Artificial na Educação e Ética

Autores

  • Benedict du Boulay Universidade de Sussex, Brighton, Reino Unido

DOI:

https://doi.org/10.34627/redvol6iss1e202303

Palavras-chave:

inteligência artificial em educação; ética; análises; painéis de controlo; ferramentas para o estudante; ferramentas para o professor; ferramentas para o gestor.

Resumo

Este capítulo aborda as questões éticas relacionadas com a aplicação da inteligência artificial (IA) na educação, desde os primórdios da inteligência artificial na educação, na década de 1970, até ao estado atual deste domínio, incluindo a crescente sofisticação das interfaces dos sistemas e o aumento da utilização e do abuso de dados. Enquanto nos primeiros tempos a maior parte das ferramentas estava virada para o aluno, atualmente existem ferramentas que estão viradas para o professor, apoiando a sua gestão da sala de aula, e para o administrador, ajudando-o na gestão de grupos de alunos. As ferramentas orientadas para o aluno têm agora em conta os aspetos afetivos e motivacionais da aprendizagem, bem como os aspetos cognitivos. O aumento da recolha de dados e das ferramentas de analítica da aprendizagem que lhe estão associadas tem permitido o desenvolvimento de dashboards para uma gestão dinâmica e a compreensão reflexiva dos alunos, dos professores e gestores. As questões éticas quase não tinham expressão nos primeiros tempos, mas atualmente são muito importantes. As razões devem-se aos receios legítimos de que a autonomia dos alunos e professores seja comprometida, de que os dados sejam recolhidos e desviados para outros fins, e de que a IA introduza nas decisões educacionais preconceitos adicionais aumentando a desigualdade já existente, e, também, devido à reputação assustadora que, em geral, a IA possui.

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Publicado

2023-07-17