Novos Lugares da Educação
DOI:
https://doi.org/10.34627/redvol8iss2e202511Palavras-chave:
Novos lugares de educação, ecossistemas híbridos, inovação pedagógica, práticas docentesResumo
O presente estudo explora as perceções e práticas de 93 docentes do ensino básico e secundário sobre os “novos lugares de educação”, concebidos como ecossistemas híbridos que articulam espaços físicos, digitais, naturais e comunitários. Através de uma abordagem metodológica mista, combinando questionários fechados e abertos, analisaram-se dimensões quantitativas e qualitativas das representações docentes. Os resultados revelam uma valorização significativa dos ambientes digitais e híbridos, associando-os ao sucesso educativo dos alunos. Contudo, persistem constrangimentos institucionais, como a rigidez curricular, a escassez de tempo e a ausência de reconhecimento formal, que limitam a concretização plena destas práticas. A análise qualitativa evidenciou experiências diversificadas, incluindo a articulação com agentes externos, reforçando o potencial dos ecossistemas educativos para promover aprendizagens contextualizadas e participativas. O estudo aponta a necessidade de políticas organizacionais e formativas que reconheçam e incentivem estas práticas, alinhadas com recomendações internacionais para a construção de uma escola mais aberta, inclusiva e sustentável. Assumindo uma perspetiva crítica e emancipadora da educação, este trabalho pretende não apenas analisar, mas também contribuir para a legitimação cultural da inovação pedagógica, valorizando a escola enquanto espaço dinâmico de construção coletiva de saberes e cidadania.
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