Percepção subjetiva de esforço como marcadora da duração tolerável de exercício

Autores

  • Fabiano Aparecido Pinheiro Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, EEFE/USP-SP
  • Bruno Viana Programa de Pós-Graduação em Ciências do Esporte e do Exercício, Universidade Gama Filho, UGF-RJ, Brasil.
  • Flávio Oliveira Pires Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.6063/motricidade.2267

Resumo

A percepção subjetiva de esforço (PSE) foi sugerida, originalmente, como uma marcadora da intensidade do exercício, pois ela responderia às alterações nos sistemas cardiopulmonar e metabólico, principalmente às alterações da FC e concentrações de lactato sanguíneo durante o exercício. Entretanto, esta interpretação não se alinha às respostas fisiológicas observadas em diferentes intensidades de exercícios, pois a PSE aumenta de forma linear, mesmo em intensidades em que ocorre um estado de equilíbrio fisiológico. No presente artigo de revisão, discutimos que este desalinhamento entre teoria e resultados experimentais poderáestar ligado aos mecanismos de geração e modulação da PSE durante o exercício. Neste caso, o mecanismo de geração da PSE pelo sistema nervoso central poderá responder basicamente à intensidade do exercício, enquanto as respostas fisiológicas periféricas poderão modular a PSE ao longo do exercício, indicando as condições fisiológicas quando da realização do exercício. Desta forma, a PSE poderia ser marcadora da duração tolerável do exercício executado numa determinada intensidade.

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Publicado

2014-06-01

Edição

Secção

Artigos de Revisão