Defesa sem Estratégia
Lições da História sobre Vulnerabilidade e Dissuasão
DOI:
https://doi.org/10.47906/ND2025.171.06Palavras-chave:
Defesa, Estratégia, Europa, Gestão, Tecnologia, História, Software, Transformação DigitalResumo
O regresso da guerra ao continente europeu acelerou uma reflexão há muito adiada: o que significa defender a Europa?
Mais do que armamento, a soberania do século XXI constrói-se com logística, formação, tecnologia e, acima de tudo, capacidade de
dissuasão. Este artigo propõe uma leitura crítica dos orçamentos de defesa da UE e sugere que os grandes desafios da defesa contemporânea exigem não apenas soldados, mas sistemas de gestão, inteligência organizacional, interoperabilidade e soberania digital. A partir dos relatórios Draghi, Letta e Heitor, de paralelismos históricos e da experiência prática dos autores, argumentamos que a próxima fronteira da autonomia estratégica europeia será digital, humana e estratégica – e que alguns dos maiores fracassos do passado podem ter sido, afinal, falhas de gestão.