Rastreio de Infeções Sexualmente Transmissíveis não víricas nos adolescentes: qual o estado da arte

Autores

  • João Rocha Santos Medicina Geral e Familiar da USF Arquis Nova, Unidade Local de Saúde do Alto Minho
  • Elisabete Gonçalves S. de Ginecologia e Obstetrícia da Unidade Local de Saúde do Alto Minho

DOI:

https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v25.i3.10080

Palavras-chave:

Chlamydia Trachomatis, doença inflamatória pélvica, gonorreia, infeções sexualmente transmissíveis, sífilis, tricomoníase

Resumo

As infeções sexualmente transmissíveis (IST) constituem um problema persistente de saúde pública, sendo os adolescentes e adultos jovens os que apresentam as taxas de prevalência mais elevadas para algumas IST.
As IST não víricas nos países desenvolvidos incluem a Chlamydia Trachomatis, a Neisseria gonorrhoeae, o Treponema pallidume a Trichomonas vaginalis. A deteção precoce das IST não víricas tem impacto positivo a nível individual e na saúde pública: permite instituição atempada de tratamento adequado, a redução de transmissão entre parceiros, bem como reduzir as complicações a longo prazo, nomeadamente doença inflamatória pélvica, dor pélvica crónica, gravidez ectópica e infertilidade. Várias sociedades médicas internacionais publicaram recomendações para o rastreio de algumas IST não víricas em determinados grupos. Em Portugal, a Direção Geral de Saúde (DGS) atualizou em 2014 a norma sobre a notificação obrigatória de doenças transmissíveis, que inclui a gonorreia, a sífilis e a infeção por Chlamydia Trachomatis. Não obstante, os estudos sobre a epidemiologia de IST são parcos em Portugal e apenas recentemente foi contemplado o rastreio oportunístico de infeção genital por Chlamydia Trachomatis no Plano Nacional de Saúde 2011-2016. O médico de família através da sua abordagem holística centrada na pessoa, no seu contexto familiar e social (focando antecedentes pessoais / comportamentos de risco) tem necessariamente um papel determinante na prevenção primária e no rastreio das IST.

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Publicado

2016-09-30

Como Citar

1.
Santos JR, Gonçalves E. Rastreio de Infeções Sexualmente Transmissíveis não víricas nos adolescentes: qual o estado da arte. REVNEC [Internet]. 30 de Setembro de 2016 [citado 5 de Outubro de 2024];25(3):163-8. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/10080

Edição

Secção

Artigos de Revisão