Parotidite bacteriana bilateral no recém-nascido
DOI:
https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v26.i1.11803Palavras-chave:
Parotidite, recém-nascido, Staphylococcus aureusResumo
A parotidite bacteriana neonatal é uma situação rara, de diagnóstico essencialmente clínico e prognóstico excelente, quando tratada precoce e adequadamente.
Descrevemos um caso clínico de parotidite bacteriana bilateral numa prematura, com dez dias de vida, sob aleitamento materno exclusivo. Foi admitida no serviço de urgência por prostração, tumefação pré-auricular bilateral e perda ponderal. A drenagem de pus pelos canais de Sténon, para a cavidade oral, confirmou o diagnóstico de parotidite. O Staphylococcus aureus foi isolado no exame bacteriológico do pus, na hemocultura e na cultura do leite materno, tendo sido a mãe considerada a fonte de infeção. Foi iniciada antibioticoterapia empírica endovenosa com ampicilina e gentamicina, substituída por flucloxacilina de acordo com o antibiograma dos locais de colheita. Não se verificaram complicações ou recorrências.
Apesar de rara, a parotidite deve ser considerada no diagnóstico diferencial de tumefação da região parotídea no recémnascido, permitindo o tratamento precoce e prevenindo as complicações.
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