Quilotórax congénito: Uma série de oito casos
DOI:
https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v32.i3.25442Palavras-chave:
anomalia congénita, derrame pleural, hidrópsia fetal, neonatal, octreótido, quilotóraxResumo
Introdução: O quilotórax congénito consiste na acumulação de linfa no espaço pleural. O objetivo deste estudo foi analisar os casos de recém-nascidos com diagnóstico de quilotórax congénito admitidos numa unidade de cuidados intensivos neonatais de nível III entre janeiro de 2014 e dezembro de 2020.
Resultados: Foram identificados oito casos de quilotórax congénito, todos com diagnóstico pré-natal. Após confirmação pós-natal do diagnóstico, foi iniciado tratamento de suporte e conservador. Seis casos foram submetidos a ventilação mecânica invasiva, dois foram tratados com surfactante e óxido nítrico inalado, quatro tiveram necessidade de suporte inotrópico e um recebeu oxigenação por membrana extracorporal. Cinco casos foram efetivamente tratados com octreótido. Um recém-nascido com hidrópsia fetal faleceu após o nascimento.
Discussão: O prognóstico do quilotórax congénito depende da gravidade do derrame pleural e das anomalias associadas. O tratamento inicial deve ser de suporte e conservador. Embora a utilização de octreótido não seja consensual, demonstrou ser uma terapêutica efetiva e segura nesta amostra de doentes.
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