Quilotórax congénito: Uma série de oito casos

Autores

  • Joana Jorge Antunes Serviço de Pediatria, Hospital de Cascais Dr. José de Almeida https://orcid.org/0000-0002-0444-9396
  • Madalena Borges Serviço de Pediatria, Hospital Dona Estefânia, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
  • Andreia Mascarenhas Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Maternidade Dr. Alfredo da Costa, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
  • Sara Brito Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Maternidade Dr. Alfredo da Costa, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central https://orcid.org/0009-0007-7439-0880
  • Célia Iglesias Unidade de Cuidados Intensivos e Neonatais, Maternidade Dr. Alfredo da Costa, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
  • Eduardo Fernandes Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Maternidade Dr. Alfredo da Costa, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central https://orcid.org/0000-0001-5064-7505
  • Eunice Vieira Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Maternidade Dr. Alfredo da Costa, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
  • Filomena Pinto Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Maternidade Dr. Alfredo da Costa, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central
  • Leonor Ferreira Diagnóstico Prenatal, Maternidade Dr. Alfredo da Costa, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central https://orcid.org/0000-0002-4429-6646
  • Teresa Tomé Unidade de Neonatologia, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central
  • José Nona Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Maternidade Dr. Alfredo da Costa, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central

DOI:

https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v32.i3.25442

Palavras-chave:

anomalia congénita, derrame pleural, hidrópsia fetal, neonatal, octreótido, quilotórax

Resumo

Introdução: O quilotórax congénito consiste na acumulação de linfa no espaço pleural. O objetivo deste estudo foi analisar os casos de recém-nascidos com diagnóstico de quilotórax congénito admitidos numa unidade de cuidados intensivos neonatais de nível III entre janeiro de 2014 e dezembro de 2020.
Resultados: Foram identificados oito casos de quilotórax congénito, todos com diagnóstico pré-natal. Após confirmação pós-natal do diagnóstico, foi iniciado tratamento de suporte e conservador. Seis casos foram submetidos a ventilação mecânica invasiva, dois foram tratados com surfactante e óxido nítrico inalado, quatro tiveram necessidade de suporte inotrópico e um recebeu oxigenação por membrana extracorporal. Cinco casos foram efetivamente tratados com octreótido. Um recém-nascido com hidrópsia fetal faleceu após o nascimento.
Discussão: O prognóstico do quilotórax congénito depende da gravidade do derrame pleural e das anomalias associadas. O tratamento inicial deve ser de suporte e conservador. Embora a utilização de octreótido não seja consensual, demonstrou ser uma terapêutica efetiva e segura nesta amostra de doentes.

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Publicado

2023-11-16

Como Citar

1.
Jorge Antunes J, Borges M, Mascarenhas A, Brito S, Iglesias C, Fernandes E, Vieira E, Pinto F, Ferreira L, Tomé T, Nona J. Quilotórax congénito: Uma série de oito casos. REVNEC [Internet]. 16 de Novembro de 2023 [citado 5 de Abril de 2025];32(3):217-23. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/25442

Edição

Secção

Casos Clínicos

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