Tricotilomania infantil: o papel dos fatores psicossociais

Autores

  • Mariana Falcão Serviço de Pedopsiquiatria. Centro Materno-Infantil do Norte, Centro Hospitalar Universitário de Santo António https://orcid.org/0000-0003-2818-182X
  • Patrícia Magalhães Serviço de Pedopsiquiatria. Centro Materno-Infantil do Norte, Centro Hospitalar Universitário de Santo António
  • Teresa Sá Serviço de Pedopsiquiatria. Centro Materno-Infantil do Norte, Centro Hospitalar Universitário de Santo António https://orcid.org/0000-0002-8737-4325
  • Mariana Liz Serviço de Pedopsiquiatria. Centro Materno-Infantil do Norte, Centro Hospitalar Universitário de Santo António
  • Ana Filipa Lopes Serviço de Pedopsiquiatria. Centro Materno-Infantil do Norte, Centro Hospitalar Universitário de Santo António
  • Marta Antunes Serviço de Pedopsiquiatria. Centro Materno-Infantil do Norte, Centro Hospitalar Universitário de Santo António https://orcid.org/0000-0003-2726-9408
  • Ana Filipa Silva Serviço de Pedopsiquiatria. Centro Materno-Infantil do Norte, Centro Hospitalar Universitário de Santo António https://orcid.org/0000-0003-2176-9129
  • Vânia Martins Serviço de Pedopsiquiatria. Centro Materno-Infantil do Norte, Centro Hospitalar Universitário de Santo António

DOI:

https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v32.i1.25718

Palavras-chave:

fator psicossocial, infância, psicoeducação, psicoterapia, tricotilomania

Resumo

A tricotilomania infantil caracteriza-se pela necessidade recorrente de arrancar o cabelo/pêlo, resultando em áreas de rarefação capilar/pilosa e com impacto funcional na vida da criança e família. Os estudos acerca da etiologia, evolução e tratamento da condição são escassos. A evidência científica sugere que pode persistir até à idade adulta e ressalva a importância dos fatores psicossociais na sua etiologia. Neste artigo, são apresentados cinco casos clínicos de crianças com idades compreendidas entre 21 meses e quatro anos com diagnóstico de tricotilomania infantil com vários stressores como possível etiologia. O tratamento proposto consistiu em psicoeducação e psicoterapia cuidador-criança ou terapia de jogo centrada na criança. O presente estudo reforça a importância dos fatores psicossociais no desenvolvimento desta perturbação e o benefício da psicoeducação e da psicoterapia. São necessários mais estudos para otimizar o diagnóstico e tratamento da tricotilomania infantil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

American Psychiatric Association. American Psychiatric Association: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders 5th Edition. Arlington;2013.

Zero to Three Organization. DC:0-5: Diagnostic classification of mental health and developmental disorders of infancy and early childhood. Washington DC; 2016.

Rettew D, Swedo S, Leonard H, Lenane M, Rapoport J. Obsessions and compulsions across time in 79 children and adolescents with obsessive-compulsive disorder. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 1992; 31:1050-6.

Diefenbach G, Mouton-Odom S, Stanley A. Affective correlates of trichotillomania. Behav Res Ther. 2002; 40:1305-15.

Walther M, Snorrason I, Flessner C, Franklin M, Burkel R, Woods D. The trichotillomania Project in young children (TIP-YC): clinical characteristics, comorbidity, functional impairment and treatment utilization. Child Psychiatry & Human Development. 2014;45:24-31.

Sperling M. Trichotillomania, trichophagy, and cyclic vomiting: a contribution to the psychopathology of female sexuality. The Internation Journal of Psychoanalysis. 1968;49: 682-90.

Nisha S, Novak J, Iorizzo M, Grimalt R, Oranje A. Trochotillomania in children. Skin Appendage Disord. 2015;1:18-24.

Franklin M, Tolin D. Treating thricotillomania: cognitive-behavioral therapy for hairpulling and related problems. New York: Springer; 2007.

Park J, Rahman O, Murphy T, Storch E. Early childhood trichotillomania: initial considerations on phenomenology, treatment, and future directions. Infant Mental Health Journal. 2012;33:163-72.

Byrd M, Rcihards D, Hove G, Friman P. Treatment of early onsent hair pulling as a simple habit. Behav. Modif.2002;26:400-11.

Lecannelier, F. Estrategias de intervención temprana en salud mental. Revista Psicologia & Psicologia. Disponível em: https://www.researchgate. net/publication/228385341.

Fonagy, P. Prevention, the appropriate target of infant psychotherapy. Infant Mental Health Journal. 1998:19:124-50.

Cramer B, Palacio-Espasa, F. Técnicas psicoterápicas mãe-bebê. Porto Alegre: Artes Médicas; 1993.

Gershuny S, Keuthen N, Gentes E, Russo A, Emmott E, Jameson M, et al. Current posttraumatic stress disorder and history of trauma in trichotillomania. J Clin Psychol. 2006;62: 1521–9.

Monroe J, Abse D. The psychopatology of trichotillomania and trichophagy. Psyhciatry. 1963;26: 95-103.

Buxbaum E. Hair pulling and fetichism. The Psychoanalytic Study of the Child. 1960;15:243-60.

Robinowitz C. Thricotillomania. Basic handbook of child psychiatry Vol. II. New York: Basic Books; 1969.

Mannino F, Delgado R. Trichotillomania in children: a review. The American Journal of Psychiatry. 1969; 126: 505-11.

VanFleet R, Sywulak A, Sniscak C. Child-centered Play Therapy. New York: The Guilford Press; 2010.

Downloads

Publicado

2023-06-23

Como Citar

1.
Falcão M, Magalhães P, Sá T, Liz M, Lopes AF, Antunes M, Silva AF, Martins V. Tricotilomania infantil: o papel dos fatores psicossociais. REVNEC [Internet]. 23 de Junho de 2023 [citado 4 de Fevereiro de 2025];32(1):34-7. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/25718

Edição

Secção

Casos Clínicos

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>