Tricotilomania infantil: o papel dos fatores psicossociais
DOI:
https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v32.i1.25718Palavras-chave:
fator psicossocial, infância, psicoeducação, psicoterapia, tricotilomaniaResumo
A tricotilomania infantil caracteriza-se pela necessidade recorrente de arrancar o cabelo/pêlo, resultando em áreas de rarefação capilar/pilosa e com impacto funcional na vida da criança e família. Os estudos acerca da etiologia, evolução e tratamento da condição são escassos. A evidência científica sugere que pode persistir até à idade adulta e ressalva a importância dos fatores psicossociais na sua etiologia. Neste artigo, são apresentados cinco casos clínicos de crianças com idades compreendidas entre 21 meses e quatro anos com diagnóstico de tricotilomania infantil com vários stressores como possível etiologia. O tratamento proposto consistiu em psicoeducação e psicoterapia cuidador-criança ou terapia de jogo centrada na criança. O presente estudo reforça a importância dos fatores psicossociais no desenvolvimento desta perturbação e o benefício da psicoeducação e da psicoterapia. São necessários mais estudos para otimizar o diagnóstico e tratamento da tricotilomania infantil.
Downloads
Referências
American Psychiatric Association. American Psychiatric Association: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders 5th Edition. Arlington;2013.
Zero to Three Organization. DC:0-5: Diagnostic classification of mental health and developmental disorders of infancy and early childhood. Washington DC; 2016.
Rettew D, Swedo S, Leonard H, Lenane M, Rapoport J. Obsessions and compulsions across time in 79 children and adolescents with obsessive-compulsive disorder. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 1992; 31:1050-6.
Diefenbach G, Mouton-Odom S, Stanley A. Affective correlates of trichotillomania. Behav Res Ther. 2002; 40:1305-15.
Walther M, Snorrason I, Flessner C, Franklin M, Burkel R, Woods D. The trichotillomania Project in young children (TIP-YC): clinical characteristics, comorbidity, functional impairment and treatment utilization. Child Psychiatry & Human Development. 2014;45:24-31.
Sperling M. Trichotillomania, trichophagy, and cyclic vomiting: a contribution to the psychopathology of female sexuality. The Internation Journal of Psychoanalysis. 1968;49: 682-90.
Nisha S, Novak J, Iorizzo M, Grimalt R, Oranje A. Trochotillomania in children. Skin Appendage Disord. 2015;1:18-24.
Franklin M, Tolin D. Treating thricotillomania: cognitive-behavioral therapy for hairpulling and related problems. New York: Springer; 2007.
Park J, Rahman O, Murphy T, Storch E. Early childhood trichotillomania: initial considerations on phenomenology, treatment, and future directions. Infant Mental Health Journal. 2012;33:163-72.
Byrd M, Rcihards D, Hove G, Friman P. Treatment of early onsent hair pulling as a simple habit. Behav. Modif.2002;26:400-11.
Lecannelier, F. Estrategias de intervención temprana en salud mental. Revista Psicologia & Psicologia. Disponível em: https://www.researchgate. net/publication/228385341.
Fonagy, P. Prevention, the appropriate target of infant psychotherapy. Infant Mental Health Journal. 1998:19:124-50.
Cramer B, Palacio-Espasa, F. Técnicas psicoterápicas mãe-bebê. Porto Alegre: Artes Médicas; 1993.
Gershuny S, Keuthen N, Gentes E, Russo A, Emmott E, Jameson M, et al. Current posttraumatic stress disorder and history of trauma in trichotillomania. J Clin Psychol. 2006;62: 1521–9.
Monroe J, Abse D. The psychopatology of trichotillomania and trichophagy. Psyhciatry. 1963;26: 95-103.
Buxbaum E. Hair pulling and fetichism. The Psychoanalytic Study of the Child. 1960;15:243-60.
Robinowitz C. Thricotillomania. Basic handbook of child psychiatry Vol. II. New York: Basic Books; 1969.
Mannino F, Delgado R. Trichotillomania in children: a review. The American Journal of Psychiatry. 1969; 126: 505-11.
VanFleet R, Sywulak A, Sniscak C. Child-centered Play Therapy. New York: The Guilford Press; 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2023 Mariana Falcão, Patrícia Magalhães, Teresa Sá, Mariana Liz, Marta Antunes, Ana Filipa Lopes, Ana Filipa Silva, Vânia Martins
Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.
Copyright e Direitos dos Autores
Todos os artigos publicados na Revista Nascer e Crescer – Birth and Growth Medical Journal são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a Nascer e Crescer – Birth and Growth Medical Journal rege-se pelos termos da licença Creative Commons "Atribuição - Uso Não-Comercial - (CC-BY-NC)"".
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc. de outras publicações.
Juntamente com a submissão do artigo, os autores devem enviar a Declaração de conflito de interesses e formulário de autoria. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons.