Recém-nascido no Serviço de Urgência - casuística do ano 2011 de um Centro Hospitalar

Autores

  • Ana Ratola Serviço de Pediatria, Universidade de Aveiro, Centro Hospitalar Baixo Vouga
  • Marta Machado Serviço de Pediatria, Universidade de Aveiro, Centro Hospitalar Baixo Vouga
  • Ângela Almeida Serviço de Pediatria, Universidade de Aveiro, Centro Hospitalar Baixo Vouga
  • Daniela Pio Serviço de Pediatria, Universidade de Aveiro, Centro Hospitalar Baixo Vouga
  • Sílvia Almeida Serviço de Pediatria, Universidade de Aveiro, Centro Hospitalar Baixo Vouga

DOI:

https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v23.i1.8585

Palavras-chave:

Acesso a cuidados de saúde, recém-nascido, urgência pediátrica

Resumo

Introdução: O nascimento de um filho é um desafio para os pais. Assim, no período neonatal, surgem frequentemente dúvidas que motivam a ida ao Serviço de Urgência (SU), muitas vezes sem justificação clínica.

Objetivos: Caracterizar as admissões de recém-nascidos (RN) no SU num período de 12 meses e avaliar a justificação do atendimento pediátrico urgente.

Material e métodos: Análise retrospetiva dos episódios de urgência dos RN que recorreram ao nosso hospital entre Janeiro e Dezembro de 2011.

Resultados: No período em estudo, recorreram 394 RN (20% foram observados em mais do que uma ocasião), representando 1,3% das admissões no SU Pediátrico; 20% referenciados por profissionais de saúde. Os principais motivos de recurso foram queixas gastrointestinais (31%), lesões cutâneo-mucosas (18%), icterícia (17%) e queixas respiratórias (15%). Foram realizados exames complementares em 44% das admissões, sendo os mais frequentes, bilirrubina transcutânea e análise de urina. Instituiu-se terapêutica em 18% dos casos. Os diagnósticos mais frequentes corresponderam a patologia neonatal benigna e problemas de puericultura em 57% dos casos (n=283). A maioria dos RN (75,6%) teve alta para o domicílio. A mediana da idade materna foi de 30 anos e 58,6% eram primíparas. Metade das mães cuja escolaridade foi conhecida tinham concluído o nono ano.

Conclusões: A maioria dos recursos ao SU hospitalar no período neonatal corresponde a situações não urgentes que poderiam ser resolvidos nos Cuidados Primários de Saúde. Salienta -se a importância do esclarecimento das mães durante a gravidez e período neonatal. Por outro lado, a inespecificidade de sintomas nesta faixa etária exige um maior nível de alerta para as situações potencialmente graves

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Referências

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Publicado

2016-02-23

Como Citar

1.
Ratola A, Machado M, Almeida Ângela, Pio D, Almeida S. Recém-nascido no Serviço de Urgência - casuística do ano 2011 de um Centro Hospitalar. REVNEC [Internet]. 23 de Fevereiro de 2016 [citado 16 de Julho de 2024];23(1):12-6. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/8585

Edição

Secção

Artigos Originais