Linfedema congénito

Autores

  • Catarina Neves Serviço de Pediatria, Hospital Pediátrico de Coimbra, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Nádia Brito Serviço de Pediatria, Hospital Distrital da Figueira da Foz
  • Lourdes Mota Serviço de Pediatria, Hospital Distrital da Figueira da Foz

DOI:

https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v26.i1.9021

Palavras-chave:

Doença de Milroy, celulite recorrente, hidrocelo, linfedema congénito, transmissão autossómica dominante

Resumo

Introdução:O linfedema primário consiste num edema crónico dos tecidos, mais comumente presente nos membros inferiores.

Caso:Lactente de um mês do sexo masculino, previamente saudável, observado por edema firme da perna e pé esquerdos e hidrocelo bilateral recente. Sem sinal de godet, outros sinais inflamatórios ou limitação articular. Apresentava sobreposição dos dedos e alterações tróficas das unhas dos pés. Aos cinco meses surge edema semelhante no pé direito. Bisavó com edema bilateral dos membros inferiores desde a infância. Apresentação consistente com Doença de Milroy. Posteriormente, necessidade de internamentos por celulite. Eco-doppler dos membros inferiores sem alterações vasculares. Estudo do gene FLT4 negativo. Iniciada drenagem linfática com franca melhoria. Atualmente, clinicamente estável.

Comentários/Discussão: Doença rara, caracterizada por anaplasia/hipoplasia dos vasos linfáticos e edema dos membros inferiores, geralmente bilateral, podendo cursar com hidrocelo, celulite recorrente e alterações nas unhas. Transmissão autossómica dominante, mas mutação encontrada em apenas 70% dos indivíduos afetados.vv

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Referências

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Publicado

2017-04-03

Como Citar

1.
Neves C, Brito N, Mota L. Linfedema congénito. REVNEC [Internet]. 3 de Abril de 2017 [citado 16 de Agosto de 2024];26(1):68-70. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/9021

Edição

Secção

Casos Clínicos