BRAQUITERAPIA EPISCLERAL NO TRATAMENTO DO MELANOMA DA ÚVEA – A NOSSA EXPERIÊNCIA

Autores

  • Cristina Fonseca Centro Hospitalar e Universitario de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.48560/rspo.8011

Palavras-chave:

elanoma da úvea, Braquiterapia episcleral, Retinopatia da Radiação

Resumo

RESUMO

INTRODUÇÃO: O objectivo deste trabalho é avaliar a resposta à terapêutica de doentes com o diagnóstico de MU submetidos a BTE, desde o início do programa de tratamento no CHUC em Novembro de 2013.

MATERIAL E MÉTODOS: Série prospectiva de doentes tratados entre Novembro de 2013 e Julho de 2015 e com pelo menos 2 meses de follow-up. A avaliação pré e pós tratamento foi realizada com recurso a ecografia ocular. Foram avaliadas complicações agudas e tardias da terapêutica. O tempo decorrido até aparecimento de complicações foi estimado pelo método de Kaplan-Meier.

RESULTADOS: Foram submetidos a BTE 22 olhos de 22 doentes, com mediana de idade de 62 anos. O diâmetro e espessura iniciais medianos foram, respectivamente, 11,87 mm (5,92-16,57 mm) e 6,10 mm (2,60-12,67 mm). Nenhum doente apresentava metastização à distância à data do diagnóstico. O tratamento teve uma duração mediana de 118,1 h. Verificou-se  diminuição significativa da espessura (1,13 mm, p=0,001) e do diâmetro (2,47 mm, p=0,001). Não ocorreu metastização nem necessidade de enucleação em nenhum dos doentes. A acuidade visual (AV) diminuiu de forma significativa após tratamento (p=0,001). Trinta e seis por cento dos doentes desenvolveram retinopatia da radiação (RR), com um intervalo de tempo mediano de 13 meses desde o tratamento.

CONCLUSÕES: A BTE permite preservação dos olhos e não apresenta complicações agudas significativas. Apesar do curto seguimento, verificamos uma redução significativa das dimensões do tumor. A taxa de complicações tardias, nomeadamente RR é sobreponível à da literatura.

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Publicado

2016-07-19

Como Citar

Fonseca, C. (2016). BRAQUITERAPIA EPISCLERAL NO TRATAMENTO DO MELANOMA DA ÚVEA – A NOSSA EXPERIÊNCIA. Revista Sociedade Portuguesa De Oftalmologia, 40(1). https://doi.org/10.48560/rspo.8011

Edição

Secção

Artigos Originais