Lesões músculo-esqueléticas ligadas ao trabalho em enfermeiros
prevalência e fatores determinantes
DOI:
https://doi.org/10.48492/servir024.24031Palavras-chave:
Enfermeiros, Prevalência, Risco, Saúde ocupacional, Segurança no trabalhoResumo
INTRODUÇÃO
Os enfermeiros trabalham frequentemente num ambiente propício para desenvolvimento de LMELT.
OBJETIVO
Analisar a prevalência de LMELT de acordo com a natureza institucional dos enfermeiros em estudo, bem como analisar o efeito dos diferentes fatores de risco de desenvolvimento de LMELT na prevalência das mesmas.
MÉTODOS
Conceptualizamos um estudo de natureza quantitativa, de tipologia transversal e descritivo-correlacional, com recurso a uma amostra não probabilística, por conveniência, constituída por 180 enfermeiros, 73,3% sexo feminino, 67% casados, 66% a trabalhar em instituição de natureza pública e com média de idades de 37,42 anos (dp=8,84). Como instrumento de colheita de dados utilizou-se um questionário de autopreenchimento, com a incorporação de uma ficha de caracterização sociodemográfica, familiar, laboral, comportamental e clínica e um referencial de mensuração da perceção do risco ocorrência de LMELT com base na adaptação do Questionário Nórdico Músculo-Esquelético.
RESULTADOS
A prevalência das LMELT nos enfermeiros não apresenta diferenças estatísticas significativas relativamente à natureza institucional. Porém observou-se uma proporção superior de LMELT nos indivíduos do sexo feminino, com idades superiores a 35 anos, casados, a contrato de trabalho e com tempos profissionais superiores a 5 anos. Também quem apresenta conhecimento da perceção do risco de desenvolvimento de LMELT e uso de equipamentos nos serviços como tábuas transferência, apresenta proporções menores da LMELT.
CONCLUSÕES
Estes resultados apontam para a necessidade de desenvolver diferenciadas estratégias na prevenção de LMELT, onde a intervenção do enfermeiro de reabilitação, em articulação com as equipas muldisciplinares, deve ser potencialmente promovida e implementada.
Downloads
Referências
I. Ranney, D. (2000). Distúrbios osteomusculatres crónicos relacionados ao trabalho. São Paulo: Editora Roca.
II. Baumann, A. (2007). Ambientes favoráveis à prática: Condições no trabalho = Cuidados de qualidade. Lisboa: Conselho Internacional de Enfermeiros. Retirado em: https://www.ordemenfermeiros.pt/arquivo/publicacoes/Documents/Kit_DIE_2007.pdf
III. Serranheira, F., Cotrim, T., Rodrigues, V., Nunes, C. & Sousa- Uva, A. (2012). Lesões Músculo-esqueléticas Ligadas ao Trabalho em Enfermeiros Portugueses «Ossos de Ofício» ou Doenças Relacionadas com o Trabalho? Revista Portuguesa de Saúde Pública, 30(2), pp.193-203.
IV. Jerónimo, J. M. A. (2013). Estudo da prevalência e fatores de risco de lesões musculoesqueleticas ligadas ao trabalho em enfermeiros. Coimbra: Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.
V. Fonseca, M. R. F .T. (2005). Contributo para a avaliação da prevalência de sintomatologia musculoesquelética auto-referida pelos enfermeiros em meio hospitalar. Porto: Faculdade de Medicina e Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.
VI. Martins, J. M. C. (2008). Percepção do risco de desenvolvimento de lesões musculoesqueléticas em actividades de enfermagem. Braga: Escola de Engenharia da Universidade do Minho.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
No intuito de promover a livre circulação do conhecimento, a Servir funciona em regime de acesso livre (open access). Todo o seu conteúdo está disponível e protegido sob a licença Creative Commons (CC BY 4.0).
A revista permite o auto-arquivo em repositórios institucionais de todas as versões, podendo ficar imediatamente disponíveis.