Determinantes psicossociais e cognitivos de comportamentos de saúde E de risco na adolescência
DOI:
https://doi.org/10.48492/servir0201.25942Palavras-chave:
adolescência, saúde, determinantes psicossociais e cognitivos, escolaResumo
Introdução: A adoção de comportamentos de saúde e de risco é um processo complexo e multifatorial, relacionado com o desenvolvimento do adolescente.Contudo, este é ainda um assunto em debate e reflexão.
Objetivo: Determinar o efeito de variáveis psicossociais e cognitivas sobre comportamentos de saúde e de risco evidenciados por adolescentes.
Métodos:Estudo quantitativo, descritivo-correlacional, em coorte transversal, numa amostra de 829 adolescentes, na sua maioria do sexo feminino (53.92%). Os dados foram recolhidos através de uma ficha sociodemográfica e de escalas aferidas e validadas para a população portuguesa (Piers-Harris Children’s Self-Concept Scale; Escala de Satisfação com o Suporte Social; Escala de Assertividade do Inventário de Comportamentos Interpessoais; Escala de Locus de Controlo deSaúde).
Resultados: Os efeitos com significância estatística, na predição dos comportamentos de saúde e de risco dos adolescentes, parecem ocorrer, pela presença de efeitos de interação entre variáveis psicossociais e cognitivas. Especificamente, os comportamentos aparecem associados, sobretudo, ao efeito deinteracção entre o auto-conceito e as atitudes face à saúde. Ou seja, o sentido desta associação deixa supor que são os adolescentes com melhor auto-conceito comportamental e com uma atitude preventiva mais adequada que apresentam melhores comportamentos relacionados com a saúde.
Conclusão: Denota-se ser necessário aumentar o auto-conceito e melhorar as atitudes face à saúde dos adolescentes, pelo que uma estratégia integrada eapropriada ao desenvolvimento para a promoção da saúde, em contexto escolar, parece emergir deste estudo.
Downloads
Referências
Albuquerque, C. (2004). Comportamentos de saúde e de risco na adolescência. Tese de Doutoramento não publicada. Universidade da Extremadura: Departamento de Psicologia e Sociologia da Educação.
Albuquerque, C., Vítor, V., & Oliveira-Albuquerque, C. (2008). Pretextos e contextos de risco na adolescência. Revista INFAD de Psicología- International Journal of Developmental and Educational Psychology, 4 (1): 179-184.
Alves, D., & Almeida, L., & Fernandes, H. (2017). Estilos de vida e autoconceito: um estudo comparativo em adolescentes. Revista Iberoamericana de Psicología del Ejercicio y el Deporte, 12(2): 237-247. https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=311151242007
Bharathi, T. A., & Sreedevi, P. (2015). A study on the self-concept of adolescence. International Journal of Science and Research, 5(10), 3219–7064. ISSN 3219 – 7064
Breslow, L., & Breslow, N. (1993). Health practices and disability: some evidence from Alameda County. Preventive medicine, 22(1), 86–95. https://doi.org/10.1006/pmed.1993.1006
Figueiredo, J. P. (2015). Comportamentos de saúde, costumes e estilos de vida: Indicadores de risco epidemiológico avaliação de estados de saúde e doença. Tese de doutoramento em Ciências da Saúde, não publicada. Universidade de Coimbra: Faculdade de Medicina. https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/29621/1/Comportamentos%20de%20sa%C3%BAde_costumes%20e%20estilos%20de%20vida.pdf
Friedman H. L. (1989). The health of adolescents: beliefs and behaviour. Social science & medicine (1982), 29(3), 309– 315. https://doi.org/10.1016/0277-9536(89)90279-7
Lichner, V., Petriková, F., & Žiaková, E. (2021) Adolescents self-concept in the context of risk behaviour and self-care, International Journal of Adolescence and Youth, 26:1, 57-70, https://doi.org/10.1080/02673843.2021.1884102
Liu, W. C. (2000). A longitudinal study of academic self-concept in a streamed setting: home environment and classroom climate factors. University of Nottingham. https://doi.org/10.1348/000709905X42239
Masoumi, M., & Shahhosseini, Z. (2017). Self-care challenges in adolescents: A comprehensive literature review. PubMed, 31(2), 2–12. https://doi.org/10.1515/ijamh-2016-0152
Matos, A., & Albuquerque, C. (2006). Estilo de vida, percepção de saúde e estado de saúde em estudantes universitários portugueses: influência da área de formação. International Journal of Clinical and Health Psychology, 6: 647-663. http://www.aepc.es/ijchp/articulos_pdf/ijchp-197.pdf
McIntyre, T.M. (1995). Inventário de Comportamento Interpessoal. In Leandro, S.A., Mário, R. S. & Miguel, M.G. (Eds.) Provas Psicológicas em Portugal. Braga: APPORT, p. 193-207
O’Neill, T. L. (2015). Academic motivation and student self-concept. the Keys to Positively Impacting Student Success. Pais-Ribeiro, J.L. (1999). Escala de satisfação com o suporte social (ESSS). Análise psicológica, 3 (17): 547-558.
Pestana, M. H. & Gageiro, J. N. (2016). Análise de dados para as Ciências Sociais – A complementaridade do SPSS. Lisboa: Edições Silabo.
Ribeiro, J.L. (1994). Reconstrução de uma Escala de Locus-de-Controlo de Saúde. Psiquiatria Clínica, 15 (4), 207- 214 Sebastian, C. (2008). Development of the self-concept during adolescent. Trends in Cognitive Sciences
Shabaraya G., & Bhogle S. (2011). Relationship between Adolescents’ Health Beliefs and Health Behavior. International Journal of Medicine and Public Health.1(3):55-61. https://doi.org/10.5530/ijmedph.3.2011.9
Steptoe, A. & Wardle, J. (2001). Locus of control and helath behaviour revisited: A multivariate analysis of young adults from 18 countries. British Journal of Psychology, 92: 659-6722.
Steptoe, A., & Wardle, J. (1996) The european health and behaviour survey the development of an international study in health psychology, Psychology & Health, 11:1, 49-73. https://doi.org/10.1080/08870449608401976
Stevens, J. (1996). Applied multivariate statistics for the social sciences. Mahwah: Lawrence Erlbaum Associates.
Veiga, F. H. (2006). Uma nova versão da escala de autoconceito Piers-Harris Children’s Self-Concept Scale (PHCSCS-2). Psicologia e Educação. 5(1), 39-48. http://psicologiaeeducacao.ubi.pt/RPE_AH/RPE_AH%202006%20V5N1.html
Veiga, F. H. (2012). Transgressão e autoconceito dos jovens na escola (3ª ed.). Lisboa: Edições Fim de Século
White, C.A.(2011). Cognitive Behaviour Therapy for Chronic Medical Problems. Chichester: Wiley.
Widyarini, N., Retnowati, S., & Setiyawat, D. (2019). Using Theory of Planned Behavior to Explore Beliefs of Public Health Promoters in Promoting Adolescents’ Reproductive Health: Case in Tengger. In Proceedings of the 4th ASEAN Conference on Psychology, Counselling, and Humanities (Edt. Muhammad Salis Yuniardi). Volume 304: 317-321. https://doi.org/10.2991/acpch-18.2019.77
Zappe. J., Alves, C., & Dell’Aglio, D. (2018). Risk taking behavior in adolescence:systematic review of empirical studies. Psicologia em Revista, 24 (1): 79-100. http://dx.doi.org/10.5752/P.1678-9563.2018v24n1p79-100
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
No intuito de promover a livre circulação do conhecimento, a Servir funciona em regime de acesso livre (open access). Todo o seu conteúdo está disponível e protegido sob a licença Creative Commons (CC BY 4.0).
A revista permite o auto-arquivo em repositórios institucionais de todas as versões, podendo ficar imediatamente disponíveis.