Liderança e participação do enfermeiro na governação hospitalar

Autores

  • Magda Guerra Doutoranda em Enfermagem UCP, Instituto de Ciências da Saúde
  • Élvio Jesus Professor Auxiliar UCP, Instituto de Ciências da Saúde
  • Beatriz Araújo Professora Associada UCP, Instituto de Ciências da Saúde

Resumo

Introdução: As estruturas da governação hospitalar são exigentes e desafiadoras e exigem um investimento por parte da organização, dos seus líderes e da equipa de profissionais de saúde, no caso particular dos enfermeiros, para que se obtenham cuidados prestados com qualidade e segurança do cliente.

Objetivos: Verificar o impacto da liderança e participação dos enfermeiros na governação hospitalar, na qualidade e segurança dos cuidados prestados.

Material e Métodos: Scoping review, com pesquisa de estudos em bases de dados datados entre janeiro de 2014 a julho de 2020, objetivando evidências o mais recente possíveis que permitam responder à questão de investigação. O corpus documental ficou constituído por 10 artigos que reuniram condições metodológicas.

Resultados: As evidências sugerem uma relação significativa entre a governação compartilhada e o envolvimento no trabalho, indicando que quanto mais os enfermeiros participam na governação compartilhada, maior é o seu envolvimento no trabalho, com resultados positivos nos cuidados prestados e na segurança do cliente. A governação compartilhada configura-se como uma estratégia que pode facilitar a adesão da equipa de enfermagem, uma vez que permite aos enfermeiros maior controlo e autonomia sobre a sua prática profissional. As estruturas e processos da governação legitimam a prática profissional dos enfermeiros, traduzindo-se em cuidados de saúde de qualidade e na garantia da segurança do cliente. A participação dos enfermeiros na governação hospitalar requer líderes transformacionais, proativos e que se esforcem por transformar o ambiente e a cultura organizacional através da inovação. A base da governação compartilhada reside nos princípios de responsabilidade, parceria, autonomia e comunicação.

Conclusões: Os enfermeiros em contexto hospitalar devem reger-se por um modelo de prática de enfermagem mais autónomo, com participação ativa na governação e assente na negociação coletiva e compartilhada, sendo estas condições sine qua non para se obter cuidados de qualidade e garantir a segurança do cliente.

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Publicado

2023-07-04

Como Citar

Guerra, M. ., Jesus, Élvio ., & Araújo, B. . (2023). Liderança e participação do enfermeiro na governação hospitalar. Servir, 2(01e), 53. Obtido de https://revistas.rcaap.pt/servir/article/view/31602