Dilema Ético e Moral Distress

Autores

  • João Paulo Azenha Pina Unidade de Cuidados Intensivos e Intermédios Polivalente, Hospital do Santo Espírito da Ilha Terceira, Angra do Heroísmo, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.25751/rspa.18014

Palavras-chave:

Atitude do Pessoal de Saúde; Esgotamento Profissional; Ética Clínica; Ética Médica; Moral; Obrigações Morais; Questões Bioéticas

Resumo

O autor procura discutir a utilização e o significado do termo moral distress tendo em atenção as circunstâncias em que é usado e a sua importância no processo de deliberação ética na prática clínica. De
acordo com a literatura e com os conceitos da bioética conclui que, do seu ponto de vista, não existe lugar ao moral distress enquanto emoção ou fenómeno que surge após a deliberação e a decisão clínica sendo, no entanto aceitável que surja como parte inevitável durante a discussão do dilema ético. Assim sendo, e na sua opinião, não é o moral distress que pode ser responsabilizado pela fadiga da compaixão ou pelo moral residue.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

João Paulo Azenha Pina, Unidade de Cuidados Intensivos e Intermédios Polivalente, Hospital do Santo Espírito da Ilha Terceira, Angra do Heroísmo, Portugal

Nasceu em Coimbra em 20 de Agosto de 1958 Licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra, fez o Internato Geral no Hospital do Santo Espírito de Angra do Heroísmo e o Internato Complementar de Anestesiologia no Hospital de S. João, no Porto. Dedica-se em exclusividade ao exercício da Medicina Intensiva desde 1997. É Chefe de Serviço de Anestesiologia, Coordenador de Doação e Colheita de Órgãos para Transplantação no HSEIT e desde 2015 é o Director da Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente. A utilização da ultrassonografia na prática clínica é um dos seus principais campos de interesse.  Tem dedicado uma grande parte do seu tempo ao estudo e divulgação da Bioética e Doente Crítico.

Referências

1. Jameton A. Nursing Practice: The Ethical Issue. Englewood Cliffs: Prentice Hall; 1984.
2. Førde R, Aasland OG. Moral distress among Norwegian doctors. J Med Ethics. 2008;34:521-5. doi: 10.1136/jme.2007.021246.
3. Sporrong SK, Höglund AT, Arnetz B. Measuring moral distress in pharmacy and clinical practice. Nurs Ethics. 2006;13:416-27.
4. Wiggleton C, Petrusa E, Loomis K, Tarpley J, Tarpley M, O'Gorman ML, et al. Medical students' experiences of moral distress: development of a web-based survey. Acad Med. 2010;85:111-7. doi: 10.1097/ACM.0b013e3181c4782b
5. Ethics Austin W, Rankel M, Kagan L, Bergum V, Lemermeyer G. To stay or to go, to speak or stay silent, to act or not to act: moral distress as experienced by psychologists. Ethics Behav. 2005;15:197-212.
6. Lamiani G, Borghi L, Argentero P. When healthcare professionals cannot do the right thing: A systematic review of moral distress and its correlates. J Health Psychol. 2017;22:51-67. doi: 10.1177/1359105315595120.
7. Hamric AB, Blackhall LJ. Nurse-physician perspectives on the care of dying patients in intensive care units: collaboration, moral distress, and ethical climate. Crit Care Med. 2007;35:422-9.
8. Styron W. Sophie’s Choice. New York: Random House; 1979.
9. Sartre JP. Existentialism and human emotions. Kensington: Kensington Publishing Corporation; 2000.
10. Fourie C. Moral distress and moral conflict in clinical ethics. Bioethics. 2015;29:91-7. doi: 10.1111/bioe.12064.
11. Epstein EG, Hamric AB. Moral distress, moral residue, and the crescendo effect. J Clin Ethics. 2009;20:330-42.
12. Teilhard de Chardin P. The Phenomenon of Man. London: Harper Collins Publishers; 1976.

Downloads

Publicado

2019-06-13

Como Citar

Pina, J. P. A. (2019). Dilema Ético e Moral Distress. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 28(2), 119–123. https://doi.org/10.25751/rspa.18014