Contaminação bacteriana do ventilador de anestesia: eficácia das medidas atuais de controlo de infecção
DOI:
https://doi.org/10.25751/rspa.27273Palavras-chave:
Anestesia, Filtros Bacterianos, Controlo de Infeção, Bloco Operatório, Ventiladores Mecânicos, Pneumonia Associada aos Cuidados de SaúdeResumo
Introdução
A contaminação bacteriana dos ventiladores de anestesia e o potencial risco para doentes anestesiados tem sido uma preocupação há muitas décadas. Os filtros bacterianos são eficazes na prevenção da contaminação do circuito respiratório, mas faltam claras recomendações sobre a sua utilização.
O objetivo deste estudo é verificar se as normas de controlo de infeção para o bloco operatório da nossa instituição são eficazes na prevenção da contaminação do ventilador anestésico.
Material e métodos
Durante 5 dias consecutivos, foram colhidas amostras das portas inspiratória e expiratória de dois ventiladores de anestesia. As amostras foram incubadas e observadas para identificação de microrganismos.
Resultados
Um total de 20 amostras foram colhidas e não foi observado crescimento bacteriano.
Conclusão
Neste estudo, tanto a porta inspiratória como a porta expiratória do ventilador de anestesia permaneceram estéreis com a utilização do filtro Air-Guard Clear (Intersurgical®) na porta expiratória do circuito respiratório, juntamente com um filtro HME descartável para cada doente. Concluímos que o atual protocolo de controlo de infecção é eficaz na prevenção da contaminação bacteriana do ventilador de anestesia. Apesar da Intersurgical® garantir a eficácia do filtro apenas durante 24h, o filtro parece ser eficaz durante 5 dias. Este aumento do intervalo na troca de filtros permite ao hospital uma poupança anual estimada de 4.442€. Não existem normas nacionais nem internacionais claras sobre a gestão de circuitos respiratórios e, portanto, linhas orientadoras precisam-se.
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