Inquérito de satisfação com a analgesia de trabalho de parto: técnica combinada versus técnica epidural
DOI:
https://doi.org/10.25751/rspa.31045Palavras-chave:
analgesia de trabalho de parto, técnica epidural, técnica combinada, obstetrícia, satisfaçãoResumo
Introdução: A satisfação do doente é um indicador de qualidade dos cuidados de saúde, pelo que é essencial a sua parametrização. A evidência relativamente à preferência pela técnica epidural ou pela técnica combinada enquanto analgesia de trabalho de parto do neuro-eixo permanece controversa. O objetivo do nosso estudo foi avaliar o grau de satisfação para cada uma das técnicas na nossa instituição.
Métodos: Procedeu-se à realização de um estudo observacional e retrospetivo na forma de um inquérito a todas as puérperas até terceiro dia de pós-parto entre Julho e Setembro de 2020 no nosso hospital, situado em Portugal. A análise estatística foi realizada com recurso a SPSS v23.0.
Resultados: Obtiveram-se 213 questionários respondidos. Cerca de 52% (n=110) das mulheres foi submetido a técnica combinada e 48% (n=103) a técnica epidural. O grau médio de satisfação após técnica combinada foi de 10 (AIQ 1) e após técnica epidural foi de 10 (AIQ 2) (p=0,021). O alívio da dor foi superior no grupo da técnica combinada – de 9 (AIQ 3) para 0 (AIQ 2) – em comparação com a técnica epidural – de 9 (AIQ 2) para 1 (AIQ 3) (p=0,014). A incidência de prurido foi significativamente superior no grupo de mulheres submetidas a técnica combinada (p=0,006).
Conclusão: A técnica combinada apresentou um alívio superior da dor assim como um maior grau de satisfação após a sua realização em comparação com a técnica epidural, apesar da maior incidência de prurido.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2023 Sofia Almeida Carvalho, Inês Fernandes Ferraz, André Carrão, Pedro Antunes, Patrícia Martins, Maria Manuel Marques
Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.
Os artigos estão livremente disponíveis para serem lidos, descarregados e partilhados a partir do momento da sua publicação.
A RSPA reserva-se o direito de comercialização do artigo enquanto parte integrante da revista (na elaboração de separatas, por exemplo). O autor deverá acompanhar a carta de submissão com a declaração de cedência de direitos de autor para fins comerciais.
Relativamente à utilização por terceiros a Revista da SPA rege-se pelos termos da licença Creative Commons “Atribuição – uso Não-Comercial (CC BY-NC).
Após publicação na RSPA, os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados.