Efeitos fetais e repercussões neonatais da anestesia obstétrica
DOI:
https://doi.org/10.25751/rspa.3537Palavras-chave:
Analgesia obstétrica, Anestesia obstétrica, Monitorização fetal, Prognóstico neonatalResumo
A segurança fetal é uma prioridade constante na prática anestésica em Obstetrícia. Constituem objectivos desta revisão, uma análise da evidência científica sobre as potenciais repercussões fetais e neonatais dos procedimentos anestésicos intraparto.
Procedeu-se a uma pesquisa bibliográfica on-line (PubMed). As referências consideradas relevantes foram selecionadas e revistas.
Comparativamente com as técnicas regionais, a analgesia de trabalho de parto com opioides intravasculares tem maior incidência de bradicardia fetal, redução da variabilidade da frequência cardíaca fetal e, tal como a anestesia geral para cesariana, associa-se a menor índice de Apgar, maior défice de bases e maior incidência de depressão respiratória neonatal. Esses efeitos são acentuados se existe sofrimento fetal prévio. A escolha do opioide para analgesia intravascular deve basear-se na farmacologia de cada agente e na evolução do trabalho de parto, constituindo o remifentanil uma solução com relação custo-eficácia favorável e com maior segurança fetal, dentro deste grupo de agentes.
É importante não minimizar os potenciais efeitos secundários fetais das técnicas regionais, através da hipotensão materna e da hipertonicidade uterina, com consequente hipoperfusão uteroplacentar. Não há evidência sobre a técnica regional ideal, devendo esta ser adaptada às circunstâncias materno-fetais e ponderada em função do início e duração do efeito anestésico ou analgésico, da repercussão hemodinâmica materna e do risco de hipertonicidade uterina. A analgesia inalatória com protóxido de azoto (N2O) constitui uma alternativa válida àsDownloads
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