Traumas do Império. História, Memória e Identidade Nacional

Autores

  • Valentim Alexandre Instituto de Ciências Sociais, Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.4000/cea.1201

Palavras-chave:

Memória social, Império português, História colonial

Resumo

No presente texto, procura-se avaliar o peso de alguns dos principais traumas que marcaram a história imperial portuguesa na formação da memória colectiva, na construção da narrativa identitária nacional. Como pontos de referência, tomámos sucessivamente o desastre de Alcácer-Quibir, a desagregação do império luso-brasileiro, o ultimatum inglês de 1890 e a descolonização final (com as fortes resistências que encontrou). Nas conclusões, tenta-se caracterizar a memória colectiva formada a partir desses traumas — vendo-se nela uma memória ferida ou mesmo doente, por incapaz de efectuar o correspondente trabalho de luto. Finalmente, faz-se uma breve alusão à relação entre memória e historiografia, sopesando-se a capacidade desta última para alterar o carácter bipolar da narrativa identitária portuguesa, sempre oscilante entre a depressão e a euforia.

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Publicado

2016-02-24

Edição

Secção

Artigos