Determinantes das atitudes dos jovens face ao ambiente
contributos para a educação multidisciplinar
DOI:
https://doi.org/10.48492/servir0259.22408Palavras-chave:
Adolescentes, Educação Ambiental, Família, Escola, Autoconceito, SaúdeResumo
Introdução
A Educação Ambiental (EA) apresenta uma pluralidade de objetivos assentando numa progressiva melhoria de relacionamento entre os seres-humanos e a natureza. Neste contexto, a EA deve ser implementada nas escolas, que como instituições sociais direcionadas à aquisição de aptidões, conceitos e valores, devem facultar uma educação multidisciplinar formando cidadãos capazes de atitudes ambientalmente sustentáveis.
Objetivos
Explorar relações existentes entre um conjunto de determinantes sociodemográficos, familiares/escolares e psicológicos e o desenvolvimento de atitudes dos jovens adolescentes face ao ambiente.
Métodos
Num estudo transversal quantitativo amostraram-se 500 adolescentes frequentando o ensino básico público do distrito de Viseu. A maioria pertencente ao género feminino (50.6%) e à classe socioeconómica III-classe média (45.0%), residentes em meio urbano (57.4%), e com idades compreendidas entre os 12-16 anos (M=13.38). O protocolo utilizou instrumentos de medida aferidos e validados para a população portuguesa, e a construção de um novo instrumento de mensuração – Escala-do- Desempenho-da-Escola-na-Educação-Ambiental (EDEEA) – (Alfa de Cronbach=0.861).
Resultados
As atitudes mais positivas em relação ao ambiente são expressas, maioritariamente, pelos adolescentes do género feminino, residentes na zona urbana apresentando maior preocupação com os problemas gerais do ambiente (M= 18.05). A prática de religião (M=109.44) e a funcionalidade familiar (F=4.603;p=0.010) mostraram-se variáveis significativas promovendo atitudes positivas para ações de proteção ambiental. O desempenho da escola na EA revelou-se muito significativo, explicando a maior percentagem de variância (R2 =18%; p=0.000) das atitudes dos jovens face ao ambiente. O autoconceito dos adolescentes revelou-se estatisticamente significativo, evidenciando-se interação entre a responsabilidade ambiental e o aspeto comportamental como determinante predizendo as atitudes dos jovens face ao ambiente (R²=19.90%).
Conclusões
As variáveis psicológicas e de contexto familiar e escolar, associaram-se com as atitudes dos jovens adolescentes face ao ambiente, pelo que deverão ser consideradas aquando da concepção e implementação de Programas e Intervenções de suporte à Educação Ambiental.
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