Desporto, Cultura e Comunicação: uma fita de Moebius?
DOI:
https://doi.org/10.6063/motricidade.29145Palavras-chave:
educação física e desporto, diversidade cultural, media, espaço lusófonoResumo
Tomando como princípios orientadores que os atos comunicativos e as expressões/práticas culturais têm uma dimensão operatória na vida do indivíduo enquanto ferramentas de intervenção social, considerando que a cultura é sempre uma herança transmitida e que os meios utilizados para o fazer integram essa mesma cultura e que, finalmente, cultura e comunicação desempenham um papel essencial na realidade social pois se instituem como fundamentais na difusão do saber, entretenimentos e modelos comportamentais, nomeadamente no que concerne a(s) prática(s) desportiva(s), este suplemento pretende refletir sobre a relação entre cultura, comunicação e desporto no mundo de língua portuguesa. Esta tríade, considerada essencial à sociedade nas suas atividades intelectuais e físicas, é posta à prova quando confrontada com casos como os de desportistas de diferentes modalidades vítimas de racismo que, não raras vezes, abandonam as competições em que estão envolvidos. Aspetos socioculturais e históricos emaranham-se entre regras e ética desportivas, entrelaçando-se num processo comunicativo acelerado (e descontrolado), como é hoje o das redes sociais e dos influencers ou “autorizados fazedores” de opinião nos mais variados meios de comunicação, originando conflitos e uma discussão pública que ultrapassa fronteiras e que põe em causa o caráter educativo e cultural do desporto, reclamado pela Unesco na sua Carta Internacional da educação física e do desporto (1991), no artigo 2: “A educação física e o desporto, elementos essenciais da educação e da cultura, devem desenvolver as aptidões, a vontade e o autocontrolo das pessoas humanas e contribuir para a sua inserção social”. Como este, muitos outros exemplos poderiam ser apontados com o objetivo de estudar a diversidade cultural, as relações sociais e culturais no campo desportivo, de forma a reeducar e sensibilizar os públicos ou adeptos para uma cultura sempre dinâmica e, sobretudo, uma cultura de paz.
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