Pele escura – constitucional ou Patológica? Um caso clínico de Adrenoleucodistrofia ligada ao X
DOI:
https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v27.i3.12753Palavras-chave:
Adrenoleucodistrofia ligada ao X, desmielinização cerebral, insuficiência supra-renal, pele escuraResumo
Introdução: A adrenoleucodistrofia ligada ao X é uma doença peroxissomal geneticamente determinada.
Caso clínico: Criança de 11 anos, encaminhada para a consulta de Pediatria por hiperpigmentação generalizada com início aos seis anos de idade. Apresentava comportamento regressivo e diminuição do desempenho escolar desde os dez anos. Documentada história de hiperpigmentação cutânea num tio materno. Os exames laboratoriais foram compatíveis com insuficiência suprarrenal. A Ressonância Magnética Cerebral revelou leucoencefalopatia frontal. A concentração plasmática elevada de ácidos gordos de cadeia muito longa e a sequenciação do gene ABCD1 permitiram a confirmação do diagnóstico de Adrenoleucodistrofia ligada ao X. O estado geral da criança melhorou com o tratamento sintomático; no entanto a deterioração progressiva da função cognitiva manteve-se.
Discussão/Conclusão: O diagnóstico e tratamento precoce desta condição rara é muito importante, uma vez que pode mudar o curso da doença. Neste caso clínico, dada a gravidade do envolvimento neurológico ao diagnóstico, não existe tratamento disponível que seja eficaz na interrupção da progressão da doença neurológica.
Downloads
Referências
Singh I, Pujol A. Pathomechanisms Underlying X-Adrenoleukodystrophy: A Three-Hit Hypothesis. Brain Pathol 2010; 20(4):838-44.
Engelen M, Kemp S, Visser M et al. Clinical presentation and guidelines for diagnosis, follow-up and management. Orphanet Journal of Rare Diseases 2012; 7:51-64
Bezman L, Moser AB, Raymond GV et al. Adrenoleukodystrophy: incidence, new mutation rate, and results of extended family screening. Ann Neurol 2001; 49(4):512-17
Moser HW. Adrenoleukodystrophy: phenotype, genetics, pathogenesis and therapy. Brain 1997; 120:1485-508
Cappa M, Bizarri C, Vollono C, Petroni A, Banni S. Adrenoleukodystrophy. Endocr Dev 2011; 20:149-60.
Ronghe MD, Barton J, Jardine PE et al. The importance of testing for adrenoleucodystrophy in males with idiopathic Addison’s disease. Arch Dis Child 2002; 86:185-89
Dubey P, Raymond GV, Moser AB, Kharkar S, Bezman L, Moser HW. Adrenal insufficiency in asymptomatic adrenoleukodystrophy patients identified by very long-chain fatty acid screening. J Pediatr 2005; 146(4):528-32
Laureti S, Casucci G, Santeusanio F, Angeletti G, Aubourg P, Brunetti P. X-linked adrenoleukodystrophy is a frequent cause of idiopathic Addison's disease in young adult male patients. J Clin Endocrinol Metab 1996; 81(2):470-4
Van der Knaap MS, Valk J: X-linked adrenoleukodystrophy. In: Magnetic Resonance of Myelination and Myelin Disorders. Heilmann U (3rd edition). Berlin-Heidelberg-New York: Springer; 2005:176-90
Berger J, Pujol A, Aubourg P, Forss-Petter S. Current and Future Pharmacological Treatment Strategies in X Linked Adrenoleukodystrophy. Brain Pathol. 2010; 20(4):845-56
Moser HW, Moser AB, Smith KD et al. Adrenoleukodystrophy: phenotypic variability and implications for therapy. J Inherit Metab Dis 1992; 15:645-64
Mahmood A, Dubey P, Moser HW, Moser A. X-linked adrenoleukodystrophy: therapeutic approaches to distinct phenotypes. Pediatr Transplant 2005; 9 Suppl 7:55-62
Engelen M, Ofman R, Dijkgraaf MG, et al. Lovastatin in X-linked adrenoleukodystrophy. N Engl J Med 2010; 362:276-77
Moser HW, Moser AB, Hollandsworth K, Brereton NH, Raymond GV. "Lorenzo's oil" therapy for X-linked adrenoleukodystrophy: rationale and current assessment of efficacy. J Mol Neurosci 2007; 33(1):105-13
Moser HW, Raymond GV, Dubey P. Adrenoleukodystrophy: new approaches to a neurodegenerative disease. JAMA 2005; 294(24):3131-4
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Copyright e Direitos dos Autores
Todos os artigos publicados na Revista Nascer e Crescer – Birth and Growth Medical Journal são de acesso aberto e cumprem os requisitos das agências de financiamento ou instituições académicas. Relativamente à utilização por terceiros a Nascer e Crescer – Birth and Growth Medical Journal rege-se pelos termos da licença Creative Commons "Atribuição - Uso Não-Comercial - (CC-BY-NC)"".
É da responsabilidade do autor obter permissão para reproduzir figuras, tabelas, etc. de outras publicações.
Juntamente com a submissão do artigo, os autores devem enviar a Declaração de conflito de interesses e formulário de autoria. Será enviado um e-mail ao autor correspondente, confirmando a receção do manuscrito.
Os autores ficam autorizados a disponibilizar os seus artigos em repositórios das suas instituições de origem, desde que mencionem sempre onde foram publicados e de acordo com a licença Creative Commons.