Caso imagiológico

Autores

  • Maria Adriana Rangel Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia e Espinho
  • Graça Loureiro Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga
  • Mariana Pinto Serviço de Pediatria, Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga

DOI:

https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v27.i1.13012

Palavras-chave:

Cefalohematoma calcificado, recém- -nascido, traumatismos do nascimento

Resumo

Introdução: O cephalohematoma é uma coleção sero-hemática subperióssea e é o traumatismo craniano mais frequente do recém-nascido, ocorrendo em 0,2-2,5% dos nados vivos. A maioria sofre regressão espontânea pelas três a quatro semanas de vida, sendo que uma minoria persiste após as quatro semanas, podendo evoluir para calcificação.
Caso Clínico: Lactente de sete semanas, sexo masculino, referenciado ao serviço de urgência por tumefação craniana na região parietal direita. Nascido de parto distócico por ventosa; observou-se cefalohematoma nos primeiros dias de vida, o qual diminuiu progressivamente de tamanho, tornando-se mais rígido. Sem qualquer outra sintomatologia. Ao exame físico era notória, uma assimetria craniana e uma tumefação na região parietal direita, dura e fixa à palpação do crânio. A radiografia de crânio revelou uma tumefação radiopaca parietal direita, associada a uma linha arqueada mal definida, bem como microcalcificações na parte central do cefalohematoma, achados típicos de um cefalohematoma calcificado.
Conclusão: Embora o cefalohematoma seja frequentemente observado, o cefalohematoma calcificado é visto apenas esporadicamente e é uma entidade clínica rara. A história clinica e exame físico são importantes para o diagnóstico diferencial e planificação do estudo imagiológico. A radiografia e a ecografia são habitualmente os exames de primeira linha seguidas pela ressonância magnética ou tomografia computorizada. As características da radiografia de crânio, neste caso clínico, foram particularmente sugestivas do diagnóstico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Nicholson L. Caput succedaneum and cephalohematoma: the cs that leave bumps on the head. Neonatal Netw. 2007; 26:277-81.

Vigo V, Battaglia DI, Frassanito P, Tamburrini G, Caldarelli M, Massimi L. Calcified cephalohematoma as an unusual cause of EEG anomalies: case report. J Neurosurg Pediatr. 2017; 19:46-50.

Wong CH, Foo CL, Seow WT. Calcified cephalohematoma: classification, indications for surgery and techniques. J Craniofac Surg. 2006; 17:970-9.

Guclu B, Yalcinkaya U, Kazanci B, Adilay U, Ekici MA. Diagnosis and treatment of ossified cephalhematoma. J Craniofac Surg. 2012; 23:e505-7.

Piatt JH, Jr. Sagittal synostosis and ossified scalp hematoma: cause or consequence? J Neurosurg Pediatr. 2010; 6:29-32.

Bansal AG, Rosenberg HK. Sonography of pediatric superficial lumps and bumps: illustrative examples from head to toe. Pediatr Radiol. 2017; 47:1171-83.

Moron FE, Morriss MC, Jones JJ, Hunter JV. Lumps and bumps on the head in children: use of CT and MR imaging in solving the clinical diagnostic dilemma. Radiographics. 2004; 24:1655-74

Liu L, Dong C, Chen L. Surgical Treatment of Ossified cephalohematoma: A Case Report and Review of the Literature. World Neurosurg. 2016; 96:614 e7- e9.

Krishnan P, Karthigeyan M, Salunke P. Ossified Cephalhematoma: An Unusual Cause of Calvarial Mass in Infancy J Pediatr Neurosci. 2017; 12: 64–66.

Downloads

Publicado

2018-04-13

Como Citar

1.
Rangel MA, Loureiro G, Pinto M. Caso imagiológico. REVNEC [Internet]. 13 de Abril de 2018 [citado 30 de Junho de 2024];27(1):61-4. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/13012

Edição

Secção

Casos de Imagem

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>